GC01 

Prevalência de casos de avulsão na FO da UNESA, correlacionando: elementos, idade, causa, tempo e meio de conservação

Projeto Trauma - Faculdade de Odontologia da Universidade Estácio de Sá.

BERRUEZO, C.*, RICHE, G. C., ABAD, E. C.

Endodontia - Universidade Estácio de Sá. E-mail: chrisberruezo@uol.com.br

Entre os casos de traumatismo dentário, a avulsão ocupa um lugar de destaque pelo maior índice de ocorrência. No Projeto Trauma da Faculdade de Odontologia da Universidade Estácio de Sá (UNESA), notou-se a prevalência deste tipo de traumatismo. O objetivo deste trabalho, foi realizar uma avaliação entre os elementos mais acometidos, levando-se em consideração a relação entre os fatores: sexo, idade, fator determinante, tempo extra-alveolar e os meios de conservação utilizados pelos pacientes atendidos. Para isso, foram selecionados, 25 casos de avulsão tratados e acompanhados pelo Projeto Trauma durante 2 anos.

Após análise dos casos, foi possível observar que a avulsão acomete principalmente a região dos dentes ântero-superiores. De acordo com a literatura, esta ocorrência se apresenta na faixa de 5 a 16%. Dentre os fatores predisponentes estão a maior prevalência de Classe II de Angle e presença de “over jet”, que frequentemente encontram-se nesta região; e por ser a área mais vulnerável em casos de acidentes nos esportes de contato: futebol, basquete, hóquei, etc., bem como nos acidentes automobilísticos.

 GC02

Análise psicossocial de pacientes com seqüelas provenientes de traumatismos dentais

CADE - Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

TABATA, C.*, SETO YU YUEN, M., GABRIEL JR., R. W.

Dentística e Endodontia - Universidade de São Paulo. E-mail: cttabata@terra.com.br

O trauma dental, segundo ANDREASEN, é uma transmissão aguda de energia ao dente e às estruturas de suporte, podendo resultar em fratura, deslocamento do dente, rompimento ou esmagamento dos tecidos de suporte. Estas lesões geralmente produzem danos funcionais e estéticos, podendo alterar os fatores psicossociais do paciente. O objetivo deste trabalho foi avaliar as mudanças de comportamento social dos pa­cientes vítimas de traumatismo dental. A metodologia experimental empregada foi a abordagem por meio de questionário realizado no Centro de Atendimento de Dentística e Endodontia (CADE - Trauma Dental) da FOUSP. O questionário foi aplicado a 97 pacientes, sendo 33 meninas e 64 meninos, com idade entre 6 e 20 anos, onde obtiveram-se os seguintes resultados: 72,72% das meninas expressaram preocupações estéticas/funcionais, já os meninos 56,25%; 17,52% do total dos entrevistados não retornaram às atividades escolares/trabalhistas imediatamente; 18,18% das meninas tiveram alteração de rendimento em suas atividades, já os meninos 10,93%; das meninas, 39,39% tiveram mudanças comportamentais com os amigos e 14,06% para os meninos; 39,39% das meninas e 29,68% dos meninos apresentaram algum tipo de vício (mão na boca, língua nos dentes, sorrir menos), após o acidente. Com todo o exposto, apenas 6,06% das meninas e nenhum dos meninos foram submetidos a qualquer tratamento seja fonoaudiológico ou psicológico.

O cirurgião-dentista deve saber diagnosticar e ficar atento a estas alterações de comportamento e, assim que identificá-las, encaminhar o paciente ao profissional especializado.

 GC03 

Projeto de atendimento aos pacientes com traumatismo dento-alveolar

Projeto Trauma Dental - Faculdade de Odontologia da Universidade do Grande Rio.

PROVENÇANO, F.*, FIDEL, R. A. S., FIDEL, S. R., ABREU, C. I., DELPHIN, L., VARELLA, C.

Odontologia - Universidade do Grande Rio. E-mail: carolwinter01@hotmail.com

O projeto de atendimento aos pacientes com traumatismo dentário da Faculdade de Odontologia da UNIGRANRIO vem desenvolvendo um trabalho significativo para a sociedade, referente ao reestabelecimento funcional e estético de sua condição bucal. No período compreendido entre 1999 a 2001, o projeto atendeu 708 casos de maneira eficaz, seguindo a literatura de ANDREASEN, os quais pode-se destacar: fraturas (36,16%), luxação lateral (13,98%) e avulsão (20,48%), sendo que destes somente 22,07% apresentaram ligamento periodontal viável. O sexo masculino foi o mais acometido (62,43%); em relação aos elementos dentários, 57,34% dos casos mostraram os incisivos centrais superiores com maior comprometimento e o estágio de desenvolvimento radicular com rizogênese completa (61,02%). A faixa etária acometida foi bem diversificada, tendo como destaque o período entre 8 e 12 anos (29,51%).

Diante desses resultados, o projeto avaliou a necessidade não somente de atender multidisciplinarmente as lesões traumáticas como também de realizar palestras e distribuir “folders” explicativos sobre as diversas situações do paciente traumatizado em centros esportivos, de saúde, escolas e hospitais, com finalidade de informar a população e melhorar o prognóstico dos casos, transformando o projeto num centro de referência para o atendimento aos pacientes traumatizados em todo o estado do Rio de Janeiro e, fonte de pesquisa para elaboração de trabalhos envolvendo dentes acometidos por traumatismo. Os demais dados colhidos até o momento estão sendo tabulados para posteriores análise e conclusão.

 GC04 

Avaliação da viabilidade do ligamento periodontal nas situações de avulsão dentária

Projeto Trauma Dental - Faculdade de Odontologia da Universidade do Grande Rio.

ABREU, C. I.*, FIDEL, R. A. S., FIDEL, S. R., PROVENÇANO, F., CARVALHO, R., VARELLA, C.

Odontologia - Universidade do Grande Rio. E-mail: carolwinter01@hotmail.com

A avulsão é um dos traumatismos dentários mais freqüentes, necessitando de tratamento adequado e rápido, principalmente quando envolve elementos dentários permanentes, que, para permanecerem com sucesso em seus alvéolos dependem de fatores como meio de conservação e período de tempo extra-alveolar adequados. Diante disso, foram verificados os meios de conservação e o intervalo compreendido entre o momento do trauma e o reimplante de elementos dentários permanentes de pacientes atendidos no Projeto de Traumatismo Dentário da Faculdade de Odontologia da UNIGRANRIO nos anos de 1998 a 2001, e sua relação com a viabilidade do ligamento periodontal dos mesmos. Foram avaliados 66 dentes, sendo que a maioria dos casos acometeu os incisivos centrais superiores (80,30%) e apresentou rizogênese completa (63,64%). Com relação aos meios de conservação, 27,27% dos casos foram armazenados em meio adequado, sendo o próprio alvéolo o mais utilizado (12,12%); já em relação ao período extra-alveolar, 53,03% dos casos foram reimplantados em até 2 horas após o trauma. Relacionando esses dados com a ­viabilidade do ligamento periodontal, 45,45% dos casos apresentaram o mesmo viável.

De acordo com esses resultados, pode-se concluir que esses fatores possuem grande importância quando contribuem simultaneamente nos casos em que o elemento dentário permanente avulsionado é reimplantado. Logo, cabe destacar a necessidade de divulgar informações sobre traumatismos dentários (como evitá-los e como proceder quando da sua ocorrência) visando uma melhora no prognóstico dos casos.

 GC05

Atividades desenvolvidas pelo Banco de Dentes Permanentes Humanos da FOUSP-SP durante 1 ano

Banco de Dentes de Pacientes Humanos (BDPH) - Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

TIERI, F.*, BOTTA, S. B., ANA, P. A., BRASIL, S. A., FRANCHIM, G. H., UCHIDA, P., MUTA, L. M., IMPARATO, J. C. P.

Banco de Dentes Permanentes Humanos - Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. E-mail: bdh@usp.br

Este estudo visa quantificar as atividades deste banco de dentes entre 2001 e 2002, a partir da análise de registros. Foram concluídos 3 trabalhos científicos e publicadas 12 matérias em jornais, revistas e sites odontológicos. O BDPH participou da 18ª Reunião Anual da SPBqO, prestando consultoria científica a 44 visitantes; Feira da Saúde do SESC, orientando a população, e recepção aos calouros da FOUSP, conscientizando-os. Promoveu o 1º Encontro Nacional de Bancos de Dentes Humanos, paralelamente ao 20º CIOSP, com a participação de 9 faculdades de Odontologia. Dirigiu o estudo de anatomia dental do 1º ano da graduação da FOUSP e emprestou 565 dentes para treinamento pré-clínico de Endodontia. Recebe por mês 5 consultas de faculdades de Odontologia, pesquisadores e alunos. Seu estoque ­atual é de 5.792 dentes, sendo 40,9% provenientes do Banco de Dentes Decíduos - FOUSP, 34,7% de pesquisadores, 15% de clínicas particulares, 5,5% de alunos, 3,3% de fundações e 0,3% de hospitais. Destes dentes, 43,8% são cariados, 28% hígidos, 14,7% restaurados, 0,4% com preparos para prótese, 0,2% anômalo e 12,6% inutilizáveis.

Diante deste panorama, conclui-se que ainda é necessária uma maior divulgação do Banco de Dentes Permanentes, promovendo a conscientização, tanto da população em geral quanto de professores, pesquisadores e alunos sobre o tratamento ético e biosseguro do órgão dental, havendo um aumento no número de doações, para que se possa viabilizar dentes também para pesquisadores.

 GC06

Uso de dentes humanos no ensino laboratorial, meios de aquisição e desinfecção pelos alunos de graduação da FOUSP

Banco de Dentes de Pacientes Humanos (BDPH) - Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

BRASIL, S. A.*, ANA, P. A., BOTTA, S. B., FRANCHIM, G. H., IMPARATO, J. C. P.

Banco de Dentes Permanentes Humanos - Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. E-mail: bdh@usp.br

Diante das necessidades do estudo pré-clínico e das dificuldades na obtenção de órgãos humanos e seus riscos biológicos, o estudo visa avaliar a opinião de alunos de graduação da FOUSP que já iniciaram atividades clínicas, tendo treinado tanto em dentes humanos quanto em de resina, assim como verificar a forma de aquisição dos dentes e se houve alguma desinfecção. De 190 questionários, obteve-se que 95% sabem que o comércio de dentes é ilegal, 81% julgaram difícil a obtenção de dentes e 45% compraram dentes; 77% dos alunos não consideram correta a exigência de dentes pelas disciplinas, mas 66% concordam que o preparo pré-clínico é melhor com a utilização de dentes humanos e 55% sentiram dificuldades na clínica quando utilizaram somente dentes de resina em laboratório; 58% preferem treinar em ambos analisando todos os aspectos que implicam seu uso. Quanto à desinfecção, 86% buscaram desinfetar os dentes antes de utilizá-los, mas apenas 47% destes acharam que a desinfecção foi efetiva e apenas 22% consideraram alto o risco de contaminação com o uso de dente humano de origem desconhecida.

Conclui-se que os alunos sentem-se mais seguros para a prática clínica quando obtêm treinamento prévio em dentes humanos, embora diante das questões legais, éticas e de biossegurança prefiram treinar também em dentes de resina. Vê-se a necessidade das faculdades fornecerem os dentes exigidos aos alunos, previamente esterilizados e adquiridos de forma ética e legal, por meio de um banco de dentes. (Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOUSP - Protocolo 140/01. Apoio: FUNDECTO.)

 GC07

Uso de dentes nas pesquisas das 17ª e 18ª Reuniões Anuais da SBPqO: análises quantitativa e qualitativa

Banco de Dentes de Pacientes Humanos (BDPH) - Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

FRANCHIM, G. H.*, BRASIL, S. A., ANA, P. A., BOTTA, S. B., TIERI, F., MATSUMOTO, I. T., IMPARATO, J. C. P.

Banco de Dentes Permanentes Humanos - Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. E-mail: bdh@usp.br

O uso de dentes é essencial à realização de pesquisas em Odontologia, sendo de fundamental importância sua avaliação in vitro como paralelo de seus resultados in vivo. Isto posto, propôs-se investigar: a quantidade de dentes naturais utilizados nas pesquisas apresentadas nas 17ª e 18ª Reuniões Anuais da SBPqO, avaliando a porcentagem das que se valeram de dentes naturais em seus estudos e a média de dentes por pesquisa; além da qualidade destes dentes quanto a serem de humanos ou não, permanentes ou decíduos e hígidos ou não. Verificou-se que dos 2.569 trabalhos, 834 (32,5%) utilizaram dentes naturais, sendo 120 (14,5%) com não-humanos e 714 (85,5%) com humanos; destes, 653 (91,5%) permanentes e 61 (8,5%) decíduos, numa média de 34 dentes humanos por pesquisa, a qual subiria para 37 fazendo-se uma relação somente entre dentes permanentes humanos e trabalhos que os utilizaram. Dos trabalhos que usaram dentes humanos, 135 (19%) não definiram a quantidade e dos 24.081 dentes mencionados, 4.899 foram relatados como hígidos enquanto que de 19.182 os estados não foram discriminados.

Desta forma, conclui-se que há uma enorme incidência de dentes humanos nas pesquisas, realçando a necessidade de uma padronização quanto a sua obtenção, conseguida por meio de bancos de dentes (que deveriam ser citados nos resumos) e de uma racionalização quanto a sua utilização, considerando a possibilidade da diminuição do número de dentes humanos ou sua substituição parcial ou total por dentes não-humanos.

 GC08

Nível de conhecimento sobre o uso da chupeta

Odontopediatria - Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

BRENNER, A.*, FONSECA, R., GOMES, M.

Odontopediatria - Pontifícia Universidade Católica do Paraná. E-mail: alaorjr@rla01.pucpr.br

A necessidade do uso da chupeta encontra na área de Saúde uma divergência de opiniões e atitudes por parte dos profissionais, sendo estes os responsáveis em orientar os responsáveis sobre o seu uso. Este trabalho teve como objetivo avaliar o conceito sobre o uso da chupeta em profissionais da área de Saúde (odontopediatras, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos e ortodontistas) no total de duzentos participantes da cidade de Curitiba .Todos os entrevistados assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foi aplicado um questionário constando de 13 perguntas e utilizado o teste não-paramétrico de Kruskal-­Wallis .Os principais resultados obtidos recomendam na opnião de 43% dos entrevistados que a chupeta seja usada para o recém-nato, 7,5% até o 1º mês, 16,5% preconizam não usar e 17% não opinaram. Com relação à idade ideal para parar, 28% responderam aos dois anos, 15% aos três, 10% até um ano de idade. ­Quando perguntados se o uso da chupeta prejudica a atividade miofuncional, 74,25% responderam que sim e 13,32% responderam não. É necessária ao bebê? 14,75% disseram que sim e 81,87% não. Interfere na posição dos dentes? Sim 92,34% e não 2,87%. As respostas foram ainda divididas e tabuladas por especialidade.

Concluiu-se que a falta de conhecimento observada sobre uso, efeitos, tipos e modelos de chupetas não credencia os profissionais entrevistados a advogar sobre o uso das chupetas devendo haver uma maior interação interdisciplinar na busca de uma linguagem comum.

 GC09

Odonto-hebiatria – uma realidade ao alcance de todos

Odontopediatria - Universidade Metropolitana de Santos.

BUSSADORI, S. K.*, BRANCO, N. M. P., MASUDA, M., TUBEL, M. P.

Ortodontia e Odontopediatria - São Paulo. E-mail: skb@osite.com.br

Este estudo visa desenvolver um projeto social, para pacientes hebiatras. O grupo de pesquisa surgiu decorrente das necessidades específicas desses pacientes, é formado por profissionais que atuam em diversas especialidades da Odontologia. O atendimento fundamenta-se nas técnicas conservadoras visando ­saúde, promovendo estética e valorização do sorriso. O tratamento foi dividido em três níveis: o primeiro educacional segue como protocolo: palestras, índice de biofilme, orientação de higienização, profilaxia e aplicação dos agentes quimioterápicos (vernizes de flúor e clorexidina) com controle periódico. A remoção dos focos infecciosos é realizada com a técnica atraumática (TRA ou CarisolvTM). O segundo decorre de tratamentos endodônticos, periodontais e restauradores. O terceiro por meio da confecção dos protetores bucais e clareamentos dentais. São atendidos 230 adolescentes na faixa etária de 10-20 anos. Este projeto possui o parecer 00014/02 do Comitê de Ética da Universidade. Os resultados dos procedimentos realizados foram: 9,4% aplicações de vernizes de flúor; 5,5% aplicações de vernizes de clorexidina, 36,4% profilaxias com jato de bicarbonato, 5,4% ART, 5,5% CarisolvTM, 17,8% restaurações de resina fotopolimerizáveis; 7,1% exodontias, 9,3% tratamentos endodônticos, 0,3% enxertos ósseos; 1,9% clareamentos caseiros, 0,9% clareamentos internos e externos; 0,5% aparelhos ortodônticos.

Pode-se concluir que a Odonto-hebiatria será no futuro uma disciplina necessária na complexidade do tratamento do adolescente.

 GC10

Avaliação da utilização de medicamentos genéricos por odontopediatras do Rio de Janeiro

Odontopediatria - Faculdade de Odontologia da Universidade Gama Filho.

LOPES, R. S.*, NEVES, M. L. A., MARQUES, L. B., COSTA, M. E. P. R., MATOZINHOS, M. D. O.

Odontopediatria - Universidade Gama Filho. E-mail: drarosasantos@ig.com.br

A regulamentação do medicamento genérico pela Agência Nacional de Saúde tem por finalidade reduzir o custo com remédios. Além do baixo valor, o medicamento genérico preserva o mesmo princípio ativo, a mesma dose e forma farmacêutica do medicamento de referência e, ainda, é ministrado pela mesma via e com a mesma indicação. A fim de avaliar o uso do genérico por odontopediatras foi feito um questionário com 60 profissionais da cidade do Rio de Janeiro. Foi constatado que 56,67% fazem utilização de genéricos, sendo os antibióticos: amoxicilina (50%) e ampicilina (10%); o antiinflamatório: diclofenaco de potássio (25%) e os analgésicos: paracetamol (31,67%) e dipirona sódica (21,67%) os mais indicados. Entre os profissionais 53,33% prescrevem o medicamento por apresentar baixo custo e 28,33% pela sua eficácia. Dos 43,33% que não prescrevem genérico 28,33% desconhecem os medicamentos. Apenas 10% obtiveram informações sobre os mesmos através de palestras e 98,33% tem interesse na divulgação do medicamento através de revistas ou palestras.

Apesar do baixo custo e eficácia dos medicamentos genéricos, quase a metade dos profissionais ainda não os prescrevem. É necessário uma maior divulgação do material nos cursos de graduação e meios de comunicação.

 GC11

Núcleo de Odontologia para Bebês e o ensino de graduação: experiência da Universidade Estadual de Londrina

NOB - Universidade Estadual de Londrina.

SCARPELLI, B. B.*, DEZAN, C. C., NAKAMA, L., FROSSARD, W. T. G., PUNHAGUI, M. F., WALTER, L. R. F.

Medicina Oral e Odontologia Infantil - Universidade Estadual de Londrina. E-mail: biascarpelli@hotmail.com

Desde o ano 2000, o Núcleo de Odontologia para Bebês/UEL oferta, em 102 hs/aula, a disciplina especial de Odontologia para Bebês, cujos objetivos são: contribuir para a formação de um profissional capaz de reconhecer as necessidades odontológicas da primeira infância, inserida no contexto da saúde geral; sensibilizar o acadêmico para prática do trabalho interdisciplinar e multiprofissional, necessários no atendimento a bebês; levar o aluno a reconhecer a importância da Odontologia para bebês na promoção da saúde bucal. Nas atividades práticas, os alunos são inseridos em dois cenários distintos: o Núcleo de Odontologia para Bebês (Bebê-Clínica/UEL), onde a atenção é fundamentada na co-participação dos pais, e o Centro Municipal de Educação Infantil Valéria Veronesi, onde a educação para a saúde é direcionada aos professores e educadores infantis. Ao final do ano letivo, além da avaliação dos alunos, é realizada avaliação da disciplina pelos alunos e professores do centro infantil, sobre questões como, a capacidade da disciplina de despertar a visão interdisciplinar e multiprofissional necessárias no atendimento às ­crianças de pequena idade e o reconhecimento da importância da educação na promoção da saúde bucal. Para os alunos inscritos na disciplina em 2000, seus aproveitamentos foram: 23% ótimo, 67% bom e 10% regular. A avaliação dos professores e educadores infantis mostra que 73,33% consideraram o trabalho dos alunos bom e 26,67% ótimo.

Pode-se concluir que a disciplina atinge os objetivos propostos, contribuindo para a formação mais adequada as demandas atuais.

 GC12

Experiência clínica do Grupo de Atenção Especial ao Paciente Odontológico executado por alunos de graduação

GAEPO - Universidade Ibirapuera.

LOTUFO, M. A.*, LEMOS JR., C. A., GROSSO, S. F. B., SILVEIRA, F. R. X.

Estomatologia - Universidade de São Paulo. E-mail: pmonica@usp.br

A Odontologia brasileira tradicionalmente foi caracterizada por seu caráter técnico restaurador. Felizmente nos dias de hoje uma maior atenção tem sido dada aos aspectos preventivos e curativos gerais, integrando a Odontologia como parte fundamental da saúde do indivíduo. Com essa visão a Universidade Ibirapuera criou o Grupo de Atenção Especial ao Paciente Odontológico (GAEPO) com os objetivos de promover, manter e restabelecer a saúde bucal de pacientes que necessitem atenção especial, possibilitando ao aluno de graduação, uma integração multidisciplinar em várias especialidades, e multicêntrica, com outras áreas e instituições de saúde, e aplicação dos aspectos cognitivos e técnicos obtidos durante o curso de graduação. Em dezoito meses foram atendidos 118 pacientes portadores de condições sistêmicas e loco-regionais que demandaram planejamento específico. Executou-se 1.416 procedimentos odontológicos. O plano de tratamento foi realizado segundo as prioridades de cada paciente levando-se em consideração o seu estado de saúde geral e oportunidade terapêutica.

Concluímos que o atendimento de pacientes com necessidades especiais sob supervisão trouxe benefícios a comunidade e ao processo de aprendizagem do aluno de graduação, inserindo a Odontologia como parte fundamental na promoção da saúde.

 GC13

Resultados da prática clínica da terapia laser de baixa intensidade do curso de graduação de Odontologia (CILO-UNIB)

Clínica Integrada de Laser em Odontologia (CILO-UNIB)

SILVEIRA, M. C. G.*, NAVARRO, R. S., NEGRÃO, J. A., NOGUEIRA, A. L. F., GONÇALVES, L., LAGE-MARQUES, J. L.

Faculdade de Odontologia - Universidade Ibirapuera. E-mail: macaugarcia@uol.com.br

A Universidade Ibirapuera (UNIB) apresenta na sua grade curricular as disciplinas Bases para a Prática Clínica do Laser em Odontologia e Lasers em Odontologia, desenvolvendo no aluno base teórica e preparo para a prática clínica no Centro Integrado de Lasers em Odontologia - CILO. Dessa forma fornece mais uma alternativa terapêutica aos pacientes encaminhados a esta universidade. A proposta experimental tem por objetivo analisar a importância do Centro no contexto da prática clínica da graduação e os benefícios prestados a coletividade. Foram feitas aplicações duas vezes por semana, utilizando-se em média densidade de energia de 4 a 8 J/cm2, potência de 30 mW a 100 mW, podendo ser de forma pontual ou varredura. Foram utilizados aparelhos lasers de diodo de arseneto de gálio-alumínio, que emitem dois comprimentos de onda, vermelho e infravermelho. O número de sessões variou com o tipo da patologia a ser tratada, que em média foi de 2 a 16 sessões. Foram atendidos 41 pacientes, sendo que 31% eram do sexo feminino e 10% do sexo masculino, apresentando as seguintes patologias: 29% herpes, 29% aftas e úlceras traumáticas, 13% disfunção de ATM, 10% hipersensibilidade dentinária, 10% mucosite, 6% após cirurgia e 3% parestesia. Com base em parâmetros tradicionais o sucesso terapêutico ocorreu em 91,3% dos tratamentos realizados.

Diante dos fatos foi possível concluir que a prática de uma clínica integrada de laser em Odontologia proporcionada pelo CILO cria espaço definitivo no conteúdo programático de Odontologia e significa fator diferencial na oferta de benefícios à coletividade.

 GC14

Resposta inflamatória e imunopatologia do câncer: modelos de estudo em Patologia Bucal e Patologia Experimental

Centro de Biologia de Reprodução (CBR) - Universidade Federal de Juiz de Fora.

VIEIRA, B. J., GUERRA, M. O., PETERS, V. M., MACHADO, R. R. P., SOUZA, A. R., FARIAS, R. E., AARESTRUP, F. M.*

Laboratório de Imunopatologia e Patologia Experimental - Universidade Federal de Juiz de Fora. E-mail: fmastrup@excite.com

No Laboratório de Imunopatologia e Patologia Experimental do Centro de Biologia da Reprodução (CBR-UFJF) utilizamos várias metodologias para investigarmos a patogênese de doenças infecciosas, inflamatórias e neoplásicas tais como AIDS, doença periodontal e câncer bucal. Demonstramos, através de imuno-histoquímica, que o processo inflamatório na periodontite apresenta influxo de linfócitos T CD8+. Adicionalmente, utilizando o método TUNEL, observamos que os pacientes com AIDS e periodontite apresentam maior incidência de células mononucleares em apoptose no sítio da lesão quando comparados com pacientes HIV+ e HIV– . Na linha de pesquisa de imunologia do câncer, demonstramos a produção in situ de granzima B por linfócitos T CD8+ em carcinoma epidermóide bucal. Recentemente, avaliamos a presença de mastócitos e eosinófilos em material de biópsia de carcinoma bucal constatando um importante papel destes tipos celulares na resposta inflamatória antitumoral. Também foi estudada a correlação entre expressão da proteína Ki 67 e proliferação de células malignas. Em Patologia Experimental, desenvolvemos um modelo de carcinogênese química em camundongos BALB/c e estudamos o efeito da talidomida, uma droga antiangiogênica, sobre a evolução tumoral. Finalmente, padronizamos o método de RT-PCR in situ verificando a expressão de TNF-alfa em cultura de monócitos do sangue periférico.

Os resultados demonstram que a avaliação das citocinas e tipos celulares constitui uma importante abordagem para estudo da patogênese do câncer e de doenças inflamatórias. (Apoio: CNPq, Finep, Fapemig.)