RESUMOS APRESENTADOS
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PIb0096 - Painel Iniciante
Área: 5 - Materiais Dentários
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Efeitos do envelhecimento hidrotérmico na caracterização estrutural de uma resina de impressão reforçada por cerâmica
Nathália Maria Ferreira Gonçalves, Joyce Roma Correia Dos Santos Siqueira, Marco Antonio Bottino, Nathália de Carvalho Ramos Ribeiro, Renata Marques de Melo
Materiais Dentários e Prótese INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Com a odontologia digital, novos materiais restauradores têm sido desenvolvidos e estes podem ter alterações significativas quando em contato com o meio bucal. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi avaliar as características superficiais e propriedades mecânicas de uma resina de impressão reforçada por cerâmica (VarseoSmile Crownplus - VSC), antes e após envelhecimento hidrotérmico. Amostras geométricas foram desenhadas, impressas e pós-processadas. Espécimes representativos (n=10) foram avaliados quanto as suas características superficiais através de microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia por dispersão de energia (EDS). O restante dos espécimes foi polido e distribuído para a realização de testes laboratoriais: ângulo de contato (n=10), rugosidade superficial (n=10), microdureza Vickers (n=10), módulo elástico (n=3) e resistência à flexão em 3 pontos (n=20). Essas amostras foram envelhecidas em termocicladora por 10.000 ciclos e os testes foram repetidos nas mesmas condições. Os dados foram submetidos a ANOVA e Teste de Tukey (95%). Partículas irregulares foram observadas nas imagens de MEV, além de quantidades significativas de sílica, bário e alumínio na análise por EDS. Com o envelhecimento hidrotérmico, notou-se um aumento da rugosidade e diminuição do ângulo de contato. Observou uma estabilidade do material quanto a microdureza e módulo elástico, além de uma melhora nos valores de resistência à flexão em 3 pontos após envelhecimento hidrotérmico.
Portanto, a VSC apresenta potencial para ser aplicada clinicamente devido melhora das propriedades mecânicas após envelhecimento hidrotérmico, o que sugere maior resistência e longevidade da restauração indireta.
(Apoio: FAPESP N° 2023/04400-5)
PIb0097 - Painel Iniciante
Área: 5 - Materiais Dentários
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Contribuição da união partícula-matriz para as características mecânicas de compósitos contendo ortofosfato de cálcio
Letícia Silvestre Lima, Handially Dos Santos Vilela, Rafael Bergamo Trinca, Roberto Ruggiero Braga
Departamento de Biomateriais UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito substituição de partículas de vidro silanizadas (VS) por partículas não-silanizadas (VnS) ou de fosfato dicálcico dihidratado (DCPD) sobre as propriedades mecânicas de materiais resinosos experimentais. Duas séries de materiais foram manipuladas contendo BisGMA e TEGDMA (1:1 em mols) e 40 vol% de conteúdo inorgânico nas proporções de VS:VnS ou VS:DCPD de 40:0 (controle), 35:5, 30:10, 25:15, 20:20, 15:25, 10:30, 5:35 e 0:40. As três partículas utilizadas tinham D50 = 2,8 μm. Resistência à fratura (RF) e módulo de elasticidade (ME) foram obtidos através do teste de flexão biaxial após 24 h em água a 37 °C (12 x 1,2 mm; n=10). A microdureza Knoop (KHN, 25 gf/5 s) foi determinada em fragmentos dos espécimes (n=5). Dados foram analisados por ANOVA de 1 fator/teste de Tukey (α=5%). Em relação ao controle, RF apresentou reduções estatisticamente significantes para frações de DCPD a partir de 5% ou VnS a partir de 15% (p<0,001). Materiais com 40% DCPD e 40% VnS apresentaram RF 70% e 50% menores do que o controle, respectivamente. Da mesma forma, ME foi afetado pela substituição de VS por frações a partir de 10% DCPD ou 25% VnS, sendo 69% menor para 40% DCPD e 15% menor para 40% VnS em comparação a 40% VS (p<0,001). KHN diminuiu a partir da substituição de 5% VS por DCPD. O material com 40% DCPD apresentou KHN 29% menor do que controle (p<0,001). A série de materiais com VnS não apresentou reduções estatisticamente significantes entre 40% VS e 40% VnS.
A comparação entre materiais contendo VS e VnS ou DCPD permite concluir que as menores propriedades mecânicas de compósitos com DCPD se devem não apenas à falta de união química entre matriz e partículas, mas também à baixa propriedade mecânica das partículas. (FAPESP 2023/12176-8)
(Apoio: FAPs - Fapesp N° 2023/12176-8)
PIb0098 - Painel Iniciante
Área: 5 - Materiais Dentários
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Efeito do tempo de lavagem sobre o grau de conversão e propriedades mecânicas de uma resina para impressão 3D
Danilo Mendes Bianchi, Amanda Lopes Campos, Handially Dos Santos Vilela, Rafael Bergamo Trinca, Mário Fortes de Araújo Filho, Roberto Ruggiero Braga
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do tempo de lavagem sobre o grau de conversão (GC), carga de fratura (CF) e microdureza (KHN) de uma resina impressa (BioProv, Makertech Labs, Brasil). Corpos de prova (18,5x1mm, n=30) foram impressos (Pro95, SprintRay, EUA) e divididos em 6 grupos (n=5) a depender do tempo de lavagem em álcool: 10, 20, 30, 60, 120 e 180 s. Após a lavagem, o disco foi seco com jato de ar (10 s). GC foi determinado por espectroscopia no infravermelho (Vertex 70, Bruker, Germany) após a lavagem (sem pós-cura) e após 30 min e 60 min de pós-cura (ProCure, SprintRay). Os discos foram fraturados em um acessório do tipo "pistão sobre três esferas" e a CF (em Newtons) foi obtida. KHN foi determinada em fragmentos dos discos (25 g, 5s). Os dados de GC foram analisados por ANOVA (dois fatores: tempo de lavagem e de pós-cura) com medidas repetidas; CF e KHN foram analisados por ANOVA de um fator (tempo de lavagem). O teste de Tukey foi utilizado para comparações múltiplas (alfa:5%). GC foi afetado pela interação entre fatores (p<0,001). Os grupos sem pós-cura apresentaram GC diferentes entre si (67,3 - 74,5%), exceto o grupo lavado por 20 s, semelhante aos grupos lavados por 10 s e 30 s. Para 30 min de pós-cura, o grupo lavado por 20 s (93%) apresentou GC inferior ao lavado por 180 s (94%). Após 60 min de pós-cura, não houve efeito do tempo de lavagem sobre GC (94-95%). Não houve influência do tempo de lavagem sobre a CF (92,5 - 116,9 N), exceto para o grupo com 20 s que se mostrou superior ao lavado por 180 s (p<0,05). Grupos lavados por 10 a 30 s não demonstraram diferenças em KHN (14,7 - 17,8) e foram superiores aos lavados por mais de 60 s (6,4 - 7,1, p<0,001).
É possível concluir que o tempo de lavagem alterou o GC antes da pós-cura e as propriedades mecânicas da resina.
PIb0099 - Painel Iniciante
Área: 5 - Materiais Dentários
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Avaliação das propriedades físico-químicas de cimentos à base de silicato de cálcio com diferentes agentes plastificantes
Gabriel Bispo Carvalho, Thiago Bessa Marconato Antunes, Nilvan Alves da Silva, Juliana Delatorre Bronzato, Lauter Eston Pelepenko, Marcia Regina de Moura, Brenda Paula Figueiredo de Almeida Gomes, Marina Angélica Marciano
Odontologia Restauradora FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Os cimentos obturadores à base de silicato de cálcio necessitam de plastificantes para facilitar a manipulação e reduzir sua consistência arenosa, nesse sentido há adição de polímeros, como veículos. Contudo, alguns são questionáveis quanto a sua contribuição nas propriedades físico-químicas dos cimentos obturadores. Em vista disso, o estudo buscou avaliar as propriedades físico-químicas dos plastificantes propilenoglicol, polietilenoglicol, natrosol, polivinilpirrolidona e carboximetilcelulose em cimentos experimentais à base de silicato de cálcio com radiopacificador ZrO2. Para o grupo controle, foram incluídos o cimento com água destilada sem polímero e o cimento BioRoot RCS. Foi realizado o teste de halo de inibição para avaliar a atividade antimicrobiana para as bactérias Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Escherichia Coli e Candida albicans. Para análise das propriedades físico-químicas (n=6), os testes realizados seguiram a norma ISO 6876/2012 e para caracterização química, foram realizados os testes RAMAN, FTIR e MEV/EDS. O pH foi avaliado no período de 1, 7, 14 e 58 dias. No teste de pH, os grupos mantiveram pH alcalino. Nenhum grupo obteve solubilidade menor que 3%. Todos obtiveram radiopacidade de pelo menos 3mm Al. O Bioroot RCS apresentou maior tempo de presa (p<0,05). O escoamento alcançou 17 mm para todos os grupos. A menor espessura de filme foi para o cimento Bioroot RCS, com 70 μm (p<0,05). Nenhum grupo apresentou halo de inibição. Em espectroscopia, observou-se os picos referente aos grupamentos químicos dos polímeros. Em MEV, observou-se a estrutura cristalina dos cimentos.
Todos os plastificantes obtiveram resultados satisfatórios para uso em cimentos obturadores a base de silicato de Cálcio
(Apoio: FAPs - Fapesp N° 2023/11778-4)
PIb0100 - Painel Iniciante
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Eficácia clareadora utilizando um gel clareador após uma semana de manipulação: Ensaio clínico randomizado de equivalência triplo-cego
Camila Mendes Camargo, Isabela de Matos de Freitas, Taynara de Souza Carneiro, Heloisa Forville Coppla, Michael Willian Favoreto, Sérgio Eduardo de Paiva Gonçalves, Alessandra Reis, Alessandro D. Loguercio
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este ensaio clínico randomizado, triplo-cego de equivalência teve como objetivo avaliar a equivalência da eficácia clareadora, risco e intensidade de sensibilidade dental (SD), irritação gengival (IG) e autopercepção estética do clareamento dental de consultório com gel clareador manipulado após uma semana (mistura após 7 dias) comparado ao gel clareador manipulado imediatamente antes da sessão (mistura fresca). Quarenta participantes tiveram cada hemiarcada randomizada com base na mistura do gel clareador de peróxido de hidrogênio (Opalescence Boost PF 40%, Ultradent): mistura após 7 dias ou mistura fresca. O procedimento clareador foi realizado em duas sessões de 40 min com intervalo de 7 dias. A eficácia clareadora foi avaliada antes do tratamento, semanalmente e um mês após o término do tratamento, de forma objetiva utilizando espectrofotômetro digital (ΔEab, ΔE00 e ΔWID) e escalas subjetivas (Vita Classical e Vita Bleachedguide). O risco e intensidade de SD e IG foram registrados através da Escala Visual Analógica (0-10). A autopercepção estética foi avaliada por meio da Escala de Estética Orofacial. Eficácia clareadora foi alcançada em ambos os grupos, sendo os grupos equivalente e sem diferença significativa para avaliação objetiva (p > 0,13) ou subjetiva (p > 0,14). Além disso, não foram encontradas diferenças no risco e intensidade da SD (p = 0,79; p = 0,67), bem como na IG (p = 1,0; p = 0,85). A autopercepção estética dos pacientes mudou após o procedimento (p < 0,009), principalmente na questão referente a cor dos dentes (p < 0,001).
O clareamento dental de consultório com Opalescence Boost PF 40% permanece eficaz e equivalente, independente se o gel clareador foi utilizado a mistura após 7 dias ou mistura fresca.
(Apoio: CAPES N° 001 | CNPq N° 308286/2019 and 304817/2021-0 | INCT N° 406840/2022-9)
PIb0101 - Painel Iniciante
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
O uso do infiltrante resinoso e adesivo bioativo, empregando a técnica de infiltração, altera a cor e luminosidade do esmalte?
Patricia Barbosa da Silva, Geyna Aguiar Soares do Couto, Mayron Guedes Silva, Karla Janilee de Souza Penha, Leily Macedo Firoozmand
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo in vitro foi avaliar propriedades ópticas do infiltrante resinoso e adesivo bioativo (Giomer), usando técnica de infiltração, aplicados em esmalte com hipomineralização induzida. Dezoito blocos de esmalte (6x6x2mm) de incisivos bovinos foram polidos para avaliação inicial da cor CIEL*a*b* em espectrofotômetro. Foi realizado um protocolo de hipomineralização do esmalte dental, onde verificou-se a diminuição de Ca e P e aumento de C por espectroscopia de energia dispersiva (EDS). As amostras foram randomizadas e alocadas em dois grupos experimentais (n=9): EH.Icon - aplicação do infiltrante resinoso e EH.S-PRG - aplicação de adesivo dentinário com tecnologia S-PRG. Após armazenamento em saliva artificial (24h), realizou-se análises de cor e luminosidade antes, após a aplicação dos materiais resinosos e após 30 dias de tratamento. Os testes ANOVA two-way e post-hoc de Tukey (α=5%) foram empregados. Quanto à luminosidade e alteração de luminosidade (ΔL), EH.SPRG mostrou diferença estatística em comparação ao esmalte com hipomineralização induzida, imediatamente após o tratamento (p=0,001), porém sem diferença em ΔL entre grupos após 30 dias. A alteração de cor (ΔE) foi maior que 3,7 em ambos os grupos (considerado visível a olho nu). Não foi encontrada diferença no ΔE após o tratamento, porém após 30 dias observou-se maiores valores de ΔE para EH.SPRG (p=0,001).
Conclui-se que o adesivo bioativo (S-PRG) alterou a luminosidade do esmalte com hipomineralização induzida após o tratamento, e tanto o infiltrante resinoso, bem como o adesivo bioativo (S-PRG) demonstraram mudança de cor visível.
PIb0102 - Painel Iniciante
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Efeito do tipo de fotopolimerizador na microdureza de um cimento resinoso para facetas indiretas aplicado sob diferentes materiais
Rayssa Cristiane Barbosa, Ítalo Cardoso de Carvalho, Alessandra Bühler Borges, Mariane Cintra Mailart, Carlos Rocha Gomes Torres
Odontologia Restauradora INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tipo de fotopolimerizador e do tipo de material utilizado em CAD-CAM na microdureza de um cimento resinoso para facetas indiretas. Foram preparados espécimes (n=24) com 1 mm de espessura a partir de blocos de dissilicato de lítio (DL - E-max CAD - Ivoclar) e de resina composta (RC - Grandio - Voco). O cimento resinoso fotopolimerizável Veener Cement LC translucent (Voco) foi aplicado sob os espécimes apoiados em duas lamínulas de vidro e em seguida submetidos à fotopolimerização durante 40s de acordo com o tipo de fotopolimerizador: monowave (MW - Light-O - MMO, 1019 mw/cm2) e poliwave (PW - Valo Cordless - Ultradent, 1122 mw/cm2). A microdureza (SMH) do cimento foi avaliada por meio do microdurômetro (FM-700 - Future-Tech) em triplicata com indentador Knoop (carga de 25g por 10s). Os dados foram submetidos ao teste ANOVA a dois fatores (tipo de material x tipo de fotopolimerização) seguido pelo teste de Tukey (α = 0,05). Houve diferença significante somente para o fator tipo de fotopolimerização (p<0,001), mas não para os fatores tipo de material (p=0,553) e interação (p=0,050). Os resultados de SMH foram: DL/MW- 43,0±0,98a; RC/MW - 42,4±1,23a; DL/PW - 44,6±0,54b; RC/PW - 45,0 ±0,71b.
Conclui-se que o fotopolimerizador poliwave promoveu maiores valores de SMH quando comparados ao monowave, independente do material.
PIb0103 - Painel Iniciante
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Avaliação de dois métodos de pré-aquecimento de resina composta em lesões cervicais não cariosa: ensaio clínico randomizado de 24 meses
Emanuel Adriano Hul, Michael Willian Favoreto, Taynara de Souza Carneiro, Michel Wendlinger, Romina Ñaupari-Villasante, Thalita de Paris Matos, Alessandra Reis, Alessandro D. Loguercio
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este ensaio clínico randomizado de equivalência, duplo-cego e de boca dividida, com acompanhamento de 24 meses, comparou as taxas de retenção e fratura de uma resina composta termoviscosa bulk-fill (VisCalor bulk) pré-aquecida com um aquecedor dispenser (AD, Dispenser/Aquecedor VisCalor Caps) comparado a um aquecedor de bancada (AB, Caps Warmer) para restauração de lesões cervicais não cariosa (LCNC). Foram randomizadas 120 LCNC em dois grupos (n = 60). No grupo AB, a resina composta foi pré-aquecida a 68°C utilizando por 3 min, enquanto no grupo AD, a resina composta foi pré-aquecida à mesma temperatura por 30 s. Após os procedimentos adesivos, foram aplicadas diretamente nas LCNC em incremento único. As restaurações foram avaliadas no início, aos 6, 12, 18 e após 24 meses de acompanhamento clínico usando os critérios da World Dental Federation (FDI). O tempo total de trabalho foi registrado. O estudo utilizou TOST-P para avaliar a equivalência dos grupos, análise de Kaplan-Meier para taxa de retenção e fratura, teste de log-rank para distribuições de sobrevivência de desfechos secundários, e testes t pareados para comparar o tempo por etapa clínica entre os grupos (alfa = 5%). Após 24 meses, 106 restaurações foram avaliadas. Quatro restaurações foram perdidas (duas para o grupo AD e duas para o grupo AB), resultando em taxas de retenção equivalentes e similares (96%, IC 95% 86-98 para ambos os grupos, p > 0,05). Os outros parâmetros da FDI avaliados foram considerados clinicamente aceitáveis (p > 0,05). O tempo total de trabalho para o AB foi estatisticamente maior do que para o AD (p < 0,001).
Ambos os protocolos de pré-aquecimento empregados para a resina composta VisCalor bulk demonstrou taxas de retenção elevadas e equivalentes após 24 meses.
(Apoio: CNPq N° 308286/2019-7 | CAPES N° 001 | CNPq N° 304817/2021-0)
PIb0104 - Painel Iniciante
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Influência do desafio erosivo no comportamento dos parâmetros de cor e na fluorescência de materiais restauradores bioativos
Maria Das Gracas Souza Almeida, Ítalo Cardoso de Carvalho, Carlos Rocha Gomes Torres, Daniele Mara da Silva Ávila, Alessandra Bühler Borges, Mariane Cintra Mailart
Odontologia Restauradora INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi avaliar a influência do desafio erosivo no comportamento dos parâmetros de cor e na fluorescência de materiais restauradores bioativos. Espécimes (n=12/grupo) de 2mm de espessura foram preparados: BII (resina composta com SPR-G-Beautifil II); FXT (resina composta convencional-Filtek Z350XT); BFP (resina composta fluída com SPR-G-Beautifil Flow Plus); ARB (compósito resinoso-Activa BioACTIVE Restorative); CNN (alkasite -Cention N); e EFF (híbrido de vidro-Equia Forte Fil). Os espécimes foram submetidos ao desafio erosivo que consistiu em 5 ciclos: imersão em ácido cítrico (0,3%, pH 3,6, 1min), lavagem com água destilada (10s), e imersão em solução remineralizante (30min). Os parâmetros de cor (CIE L*a*b*) e a fluorescência (FU) foram mensurados antes e após o desafio. Os dados foram analisados com ANOVA de medidas repetidas e Tukey (=0,050). Para o parâmetro L*, houve diferença significante para os fatores materiais (p<0,001), tempo (p<0,001) e interação (p<0,001). Houve redução na luminosidade após o desafio, exceto para CNN. Para os parâmetros a* e b*, houve diferença significante apenas para os fatores materiais (p<0,001) e tempo (p<0,001). Os valores de a* e b* foram semelhantes antes e após o desafio para cada material. Para FU, houve diferença significante para os fatores materiais (p<0,001), tempo (p=0,012) e interação (p=0,005). Foi observado diferentes padrões de FU (p<0,001), exceto para CNN e EFF que foram semelhantes nos tempos avaliados. Não houve diferença entre os valores de FU antes e após o desafio (p>0,050).
Os materiais restauradores apresentaram estabilidade nos parâmetros a* e b*, e redução do valor (luminosidade). Não houve influência do desafio erosivo na fluorescência.
(Apoio: CNPq N° PIBIC 9146/2023)
PIb0105 - Painel Iniciante
Área: 5 - Dentística
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Avaliação da utilização do açaí para desinfecção da dentina infectada cariada, associado ou não a terapia fotodinâmica antimicrobiana
Maria Clara de Assis, Maria Fernanda Rodini Caldari, Victor Elias Arana-Chavez, Sérgio Luiz Pinheiro
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O açaí, fruto originário da palmeira nativa da floresta amazônica no Brasil, tem se destacado pelas propriedades antioxidantes e antimicrobianas. Esse trabalho avaliou a utilização do açaí para desinfecção da dentina infectada cariada, associado ou não a Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana. Foram selecionados 60 terceiros molares permanentes e superfícies dentinárias planas foram obtidas. As amostras foram impermeabilizadas, exceto a dentina coronária e submetidas ao desafio cariogênico com S. mutans. Os espécimes foram distribuídos aleatoriamente em 4 grupos amostrais de acordo com o procedimento de desinfecção cavitária que foi aplicado (n=15): C: lesão de cárie; AÇ: açaí; AÇ + LS: açaí irradiado com laser azul; LS: a lesão de cárie irradiada com laser azul. Três amostras de cada grupo foram analisadas em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Foram realizadas contagens de S. mutans após a aplicação dos procedimentos de desinfecção cavitária. Os resultados foram submetidos ao teste não paramétrico de Kruskal-Wallis (Student-Newman-Keuls). A irradiação do açaí com laser azul acarretou em 92.68% de redução de S. mutans de toda a lesão de cárie (p<0.0001). A aplicação do açaí reduziu 63.41% da microbiota viável (p=0.0010). A irradiação somente com laser azul não acarretou em redução significante de S. mutans (37.65%, p=0.3001). Na MEV, foi possível observar que o açaí promoveu a desinfecção da dentina cariada e exposição dos túbulos dentinários. A irradiação do açaí com laser azul criou um melting na dentina cariada infectada.
Foi possível concluir que o açaí pode ser utilizado na Odontologia Minimamente Invasiva para desinfecção da dentina cariada infectada e seu efeito de redução microbiana é potencializado pelo laser azul.
(Apoio: FAPESP N° 2023/08195-7)