RESUMOS APRESENTADOS

2704 Resumo encontrados. Mostrando de 1771 a 1780
PIb0160 - Painel Iniciante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Avaliação da saúde oral em indivíduos transgêneros: Uma revisão narrativa
Gabriel Nunes de Paula, Thamyres Magalhaes Monteiro, Juliana de Oliveira Zóffoli, Sabrina de Castro Brasil, Flavio Alves, Fabiano Luiz Heggendorn, Cristine da Silva Furtado Amaral
ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Indivíduos transgêneros enfrentam desafios contínuos ao buscar acesso aos cuidados de saúde, o que pode impactar negativamente tanto sua saúde geral quanto a saúde bucal, prejudicando sua qualidade de vida. O estudo teve como objetivo realizar uma revisão narrativa sobre a saúde oral de indivíduos transgêneros avaliando lesões orais, prevalência de doença periodontal e de lesões cariosas. Foi realizada uma busca na base de dados Pubmed, com os termos׃ "transexual ou transgender ou gender diverse e dentistry ou clinical dentistry ou oral healthy. Como critérios de inclusão foram estabelecidos estudos em humanos, transversais, casos controles, longitudinais e ensaios clínicos. Os critérios de exclusão envolveram revisões de literatura e sistemáticas, relato de caso, estudos em animais e laboratoriais. Após a busca eletrônica foram encontrados 424 estudos, com a leitura de título e resumo, 10 foram selecionados e lidos na íntegra. Sete estudos foram incluídos, sendo que 4 utilizaram questionário de autopercepção de hábitos de higiene oral, 4 avaliaram parâmetros periodontais e o índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD), 1 somente o CPOD e 3 o uso de tabaco e consumo de álcool. A presença de lesões na mucosa oral como leucoplasia, líquen plano e candidíase também foram analisadas em alguns estudos, além de marcadores salivares.
Dentre os estudos incluídos, houve alta prevalência de doença periodontal, lesões cariosas e lesões orais em indivíduos transgêneros. Este cenário pode estar relacionado a hábitos deletérios, inacessibilidade ao tratamento odontológico ou à estigmatizaҫão sofrida, levando também a uma baixa procura ao atendimento. Portanto a educação em saúde voltada para esses indivíduos é de extrema importância.
(Apoio: FUNADESP)
PIb0161 - Painel Iniciante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Avaliação da qualidade de vida de pacientes com periodontite portadores ou não de Diabetes Mellitus tipo 2
Milene Moraes da Silva, Raísa Machado Euzébio Iambassi, Jairo Matozinho Cordeiro, Thamiris Cirelli
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Periodontite (P) e Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) são doenças com grande prevalência, e o número de pacientes afetados por ambas as doenças é crescente. São doenças complexas que possuem mecanismos patogênicos comuns, mas a potencial piora da qualidade de vida de tais pacientes, assim como os aspectos comportamentais deletérios em relação aos hábitos de saúde geral e bucal permanecem pouco investigados na população brasileira. O objetivo foi comparar os padrões de qualidade de vida (QV) de pacientes portadores de DM2 e não diabéticos através de seus hábitos de saúde geral, parâmetros clínicos periodontais e do questionário World Health Organization Quality of Life - Bref (WHOQoL). Dados sociodemográficos e informações relacionadas ao conhecimento, atitudes e comportamento geral e bucal foram coletados de 50 pacientes com P, sendo divididos em grupo DM2 e grupo não diabético. Parâmetros clínicos periodontais foram coletados por um único examinador calibrado, e a qualidade de vida mensurada através do questionário WHOQoL-Bref (CAAE 67898522.7.0000.5382). Os participantes do grupo DM2 obtiveram os piores escores nos diversos domínios de percepção de qualidade de vida, porém autoavaliação de qualidade de vida o grupo DM2 apresentou melhor escore, sem diferença estatística entre os grupos. Após análise de correlação de Pearson, não foram encontradas relações entre os domínios de qualidade de vida e os parâmetros periodontais.
A qualidade de vida de pacientes com DM2 e periodontite não apresentou diferenças significativas entre os grupos, apesar do grupo DM2 demonstrar piores escores nos domínios de qualidade de vida.
(Apoio: PAIC - UNIFAE)
PIb0162 - Painel Iniciante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Buscas por termos de produtos de higiene bucal interproximal no Google Trends: um estudo ecológico no Brasil
Betina Dutra Lima, Francisco Wilker Mustafa Gomes Muniz
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se correlacionar as buscas pelos termos "escova interdental" e "palito de dente" com variáveis dos estados brasileiros. Os dados do estudo foram obtidos por meio da plataforma Google Trends, utilizando-se dos termos de busca para os últimos 12 meses. Por meio do Censo de 2022, foram coletadas as variáveis independentes: população e percentual de banheiros de uso exclusivo. Enquanto o número de dentistas e número de periodontistas, por milhão de habitantes, foram coletados por meio do Conselho Federal de Odontologia. As variáveis Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e Produto Interno Bruto (PIB) foram obtidas através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já do Ministério da Saúde, foram resgatados o número de Unidades Básicas de Saúde e Centro de Especialidades Odontológicas (CEOs). Correlações de Pearson foram utilizadas (p<0,05). O tamanho populacional não esteve significativamente correlacionado com a busca pelos termos "escova interdental" ou "palito de dente" (p>0,05). Em relação às buscas pelo termo "escova interdental", foram observadas correlações moderadas com IDH (R=0,627) e acesso a banheiro de uso exclusivo (R=0,573). Tanto o número de cirurgiões-dentistas (R=0,597) quanto de periodontistas (R=0,528) estiveram correlacionados moderadamente com a busca por "escova interdental". As buscas pelo termo "palito de dente" resultaram em correlação fraca com o número de CEOs (R=0,410).
Concluiu-se que a busca pelo termo "escova interdental" apresenta correlação com maior atuação dos cirurgiões-dentistas e periodontistas, assim como com o maior valor de IDH, enquanto o termo "palito de dente" correlaciona-se ao número de CEOs disponíveis.
PIb0163 - Painel Iniciante
Área: 8 - Periodontia
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
O uso de matriz de colágeno na periodontia: Uma revisão bibliométrica global
Danielly Gelsleichter, Lucas Menezes Dos Anjos, Aurélio de Oliveira Rocha, Ana Clara Fernandes Rosa, Rosa Maria Franz Coelho, Isabela Frech, Bruno Alexandre Pacheco de Castro Henriques, Ariadne Cristiane Cabral da Cruz
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi analisar as características dos estudos que usaram a matriz de colágeno na Periodontia através de uma revisão bibliométrica global. Em abril de 2024 foi realizada uma busca na base Web of Science Core Collection, utilizando palavras-chaves específicas e operadores booleanos. A busca foi realizada por dois pesquisadores de maneira independente. Para seleção dos estudos foi realizada leitura do título e do resumo ou texto completo quando necessário. Após a seleção, foram extraídos: títulos; número de citações; ano e periódico de publicação; desenho e temática de estudo; autoria e instituições; país e continente. O software VOSviewer foi usado para gerar redes colaborativas. A busca resultou em 251 artigos, dos quais 106 foram incluídos. O número de citações dos artigos selecionados variou de 0 a 287 (média 25,8). Os artigos foram publicados entre 1993 e 2024, com predomínio para o ano de 2022 (n=17). Os periódicos mais prevalentes foram o International Journal of Periodontics & Restorative Dentistry (n=12) e o Journal of Clinical Periodontology (n=12). O desenho de estudo mais comum foi o experimental in vitro (n=26). A principal temática foi o uso da matriz de colágeno associada a cirurgia de recobrimento radicular (n=36). A universidade de Berna (Suíça) se destacou (n=7). Os países com mais artigos foram Estados Unidos da América (n=20), Itália (n=12) e Brasil (n=11), enquanto o continente foi a Europa (n=48). Os mapas do VOSviewer demonstraram colaboração entre os autores.
Dessa forma, essa revisão bibliométrica demonstrou que o perfil científico sobre matriz de colágeno na Periodontia baseou-se principalmente em estudos desenvolvidos na Europa, sendo mais utilizada para tratamento de recessões gengivais.
(Apoio: CAPES N° 001)
PIb0164 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Prevalência de DCNT nos usuários atendidos na Clínica de Periodontia do Ambulatório Escola (AMBE- UNIFASE)
Bianca Mendes Silva, Álvaro Cavalheiro Soares, Maria Isabel Bastos Valente
Odontologia FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS - FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Em função do envelhecimento populacional, espera-se um aumento substancial na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). As doenças bucais mais prevalentes, como as lesões de cárie e a doença periodontal, são igualmente crônicas e compartilham vários fatores de risco comuns e modificáveis, justificando ações conjuntas de promoção de saúde. O objetivo dessa proposta foi analisar o perfil dos usuários em relação às doenças crônicas, atendidos na Clínica de Periodontia do Ambulatório Escola (AMBE - UNIFASE). Foi realizado um estudo observacional, que analisou dados dos prontuários de pacientes atendidos na clínica de periodontia no período de março de 2022 a junho de 2023, mantendo-se o sigilo sobre à identificação dos pacientes. Essa etapa faz parte de um projeto de pesquisa aprovado no comitê de ética (CAAE: 71930423.3.0000.5245; N° do parecer 6.238.591). Foram coletados dados da anamnese, do odontograma e do periograma. A amostra analisada foi de 73 pacientes com idade média de 56 anos, sendo 64,9% do sexo feminino. Em relação às doenças crônicas, 21,6% eram diabéticos e 32,4% hipertensos; 16,2% eram tabagistas e 36,5% consumiam álcool. A dor orofacial foi relatado 16,2%. A grande maioria (93,2%) realizava a escovação dental 2x ao dia e apenas 28,4% usavam fio dental diariamente. O CPO-D médio da amostra foi de 21,5. Dentes cariados contribuiu com 16,8% do índice, dentes perdidos com 41,9% e dentes obturados com 41,3%.
As doenças crônicas, incluindo as doenças bucais, representam uma expressiva e crescente demanda aos serviços de saúde, justificando a necessidade de monitorar suas prevalências e morbidades associadas.
(Apoio: FAPERJ N° 2022057788)
PIb0165 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Fatores associados ao uso de Equipamento de Proteção Individual entre profissionais acidentados no ambiente odontológico, Belo Horizonte
Victor Santos Batista, Luís Otávio Pereira da Silva, Ana Carolina Marques Medeiros, Alessandra Aline Martins Gregorio, Jussara de Medeiros Silva, Juliana Vaz de Melo Mambrini, Rafaela da Silveira Pinto, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esse trabalho objetivou identificar fatores associados ao uso de equipamento de proteção individual (EPI) entre estudantes e profissionais que se acidentaram no ambiente clínico odontológico entre 2006 e 2019. Foram avaliados os acidentes com material biológico no ambiente odontológico em Belo Horizonte com estudantes e profissionais entre 2006 e 2019. Todos registros de acidentes com material biológico foram disponibilizados pela Prefeitura de Belo Horizonte. O desfecho pesquisado foi o uso completo de EPI (sim ou não). As covariáveis foram idade em anos (17 a 32 ou 33 ou mais), sexo (masculino, feminino), profissão (cirurgião-dentista ou outros), grupo étnico (branco ou outros), vacinação contra hepatite B (sim ou não) A análise estatística envolveu a construção de modelos de regressão logística binária. Foram estimadas as Odds Ratio e Intervalo de Confiança 95% (OR; IC 95%) não-ajustadas e ajustadas. Teste de Hosmer Lemeshow, Distância de Cook foram utilizadas para avaliar a qualidade do modelo. Dos 1152 registros de acidentes, o perfil dos acidentes envolvia mulheres (86,5%), com idade entre 17 e 32 anos (50,3%), dentistas (31,1%), brancos (49,3%) e com registro de vacinação (76,3%). O modelo final indica que pessoas mais jovens (OR=1,71; IC 95% 1,33-2,20), não-dentistas (OR=2,56; IC95% 1,96-3,33) e que não se vacinaram (OR=2,97; IC95% 2,09-4,10) tem mais chance de não usar o EPI completo no momento do acidente. O ajuste do modelo estava adequado.
Conclui-se que fatores demográficos e de comportamento estavam associados a não uso do EPI entre acidentados com material biológico. O setor público deve focar em reduzir a possibilidade de contaminação por doenças infecciosas entre os profissionais no ambiente odontológico.
(Apoio: CNPq N° 403360/2023-6 | FAPs - FAPEMIG N° APQ-00711-23 | CNPq/INCT Saúde Oral e Odontologia N° 406840/2022-9)
PIb0166 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Condição sorológica e vacinal dos profissionais de saúde bucal acidentados em Belo Horizonte e Contagem - Minas Gerais
Luís Otávio Pereira da Silva, Victor Santos Batista, Ana Carolina Marques Medeiros, Cleber Augusto Lapadula Heckert, Rafaela da Silveira Pinto, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo investigou a prevalência de infecções pelo HIV, HBV e HCV entre profissionais acidentados com material biológico e pacientes fonte. Todos registros de acidentes com material biológico foram disponibilizados pelo setor de saúde do trabalhador da Prefeitura de Belo Horizonte, entre 2006 e 2019. A análise estatística descritiva foi realizada no software IBM SPSS, versão 26. Dos 1152 acidentados, 76,3% foram identificados como vacinados contra Hepatite B. Três profissionais (0,3%) testaram positivo para o Anti-HIV, 4 profissionais (0,3%) foram HBsAg positivos, 4 profissionais foram positivos para o Anti-HCV (0,3%). Ademais, 270 acidentados (23,4%) demonstraram a presença de anticorpos Anti-HBS, indicando contato prévio com o vírus da hepatite B ou imunização por meio da vacinação. Dos pacientes fonte, 45 (3,9%) testaram positivo para o Anti-HIV, seis (0,5%) testaram positivo em relação ao HBsAg. Por fim, constata-se que seis pacientes (0,5%) testaram positivo ao exame Anti-HCV. Em relação ao exame Anti-HBC, houve nove pacientes (0,8%) que testaram positivo.
Considerando esses resultados, conclui-se que há risco ocupacional de transmissão destas doenças infecciosas durante um acidente com material biológico.
(Apoio: CNPq N° 402260/2023-6 | FAPEMIG N° APQ-00711-23 | CNPq/INCT Saúde Oral e Odontologia N° 406840/2022-9)
PIb0167 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Estudo das Aberturas Coronárias e Exodontias nos Serviços Primários de Saúde Brasileiros: estudo transversal
Otávio Enrico Braga-Prado, Jaqueline Vilela Bulgareli, Álex Moreira Herval
FOUFU UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo teve como objetivo analisar o tratamento para dois desfechos da cárie dentária (abertura coronária e exodontia), realizados nos serviços públicos primários de saúde bucal brasileiros entre 2019 e 2022. Desenvolveu-se um estudo observacional transversal, a partir de dados captados do banco de dados do Ministério da Saúde do Brasil. Foram analisados 5345 municípios brasileiros das cinco regiões brasileiras. Os dados foram analisados com o Software Jamovi, onde foram realizadas análises descritivas e para comparação entre os anos foi aplicado o Teste de Wilcoxon para cada procedimento odontológico analisado. Observou-se que a região Sudeste apresentou as maiores médias de aberturas coronárias, enquanto a região Nordeste as maiores médias de exodontias, em todos os anos analisados. Além disso, houve uma redução estatisticamente significativa dos dois procedimentos quando comparados os anos de 2019 e 2020, seguida de uma recuperação desses valores nos anos seguintes. Em relação às exodontias, ocorreu um aumento de 2019 para 2022.
Os resultados indicaram um acréscimo dos procedimentos mutiladores em detrimento das aberturas coronárias, além de disparidades regionais no acesso a serviços odontológicos.
(Apoio: CAPES N° 001 | CNPq N° 406840/2022-9)
PIb0168 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Nível de conhecimento do uso de cigarros eletrônicos entre estudantes de Odontologia
Thayná Santiago de Clares, Enzo de Carvalho Santinato, Michele Baffi Diniz, Renata Oliveira Guaré
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi verificar o nível de conhecimento do uso de cigarros eletrônicos (CE) e o impacto na saúde pelos estudantes de Odontologia de uma Universidade privada em São Paulo-SP. A amostra foi constituída por 83 estudantes regularmente matriculados no primeiro (G1; n=36) e último ano (G2; n=47) do curso, de ambos os sexos. Foi aplicado um questionário sobre percepção de uso de CE e impacto na saúde, além de fatores relacionados ao conhecimento e abordagem do tema na graduação. Testes Qui-quadrado e Exato de Fisher foram empregados para comparação (α=5%). A maioria dos participantes tinha entre 18 e 34 anos (88,0%) e era do sexo feminino (84,3%). Embora muitos tenham declarado ser não-tabagista (72,3%), o uso de CE foi reportado por 32,5% dos estudantes, não houve associação significativa entre os grupos (p=0,0732). Em relação ao nível de conhecimento sobre o uso de CE, não houve diferença entre os grupos (p=0,4017). Sobre o prejuízo dos CE comparados aos cigarros convencionais, foi reportado serem igualmente prejudiciais ou mais prejudiciais, sem diferença entre os grupos (p=0,2058). Sobre os conhecimentos do CE durante a graduação, 63,9% afirmaram não ter recebido informações e 90,4% acreditam na importância do cirurgião-dentista ter informações sobre CE para orientar os pacientes no futuro, sem diferença entre os grupos (p>0,05).
O nível de conhecimento sobre o uso de CE e o impacto na saúde variou pelos estudantes de Odontologia, sem diferença entre estudantes do primeiro e do último ano. Dessa forma, sugere-se a importância de abordar esse tema durante a graduação para preparar melhor os futuros profissionais no manejo correto dos pacientes que usam CE.
(Apoio: CNPq N° 143019/2023-6)
PIb0169 - Painel Iniciante
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Apresentação: 05/09 - Horário: 13h30 às 17h00 - Sala: Área dos Painéis
Prevalência e severidade da fluorose em escolares de São João da Boa Vista: um estudo transversal
Giorgia Dos Reis Doval, Sthefany Merlo Valverde Guezin, Letícia Mazeto Previero, CRISTIANE MARIA DA COSTA SILVA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES ASSOCIADAS DE ENSINO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi obter prevalência e a severidade da fluorose dentária na população de escolares de São João da Boa Vista/SP, sua relação com fatores sociodemográficos e com a Hipomineralização Molar Incisivo (HMI). Trata-se de um estudo transversal, realizado no ano de 2023, por meio do exame epidemiológico de crianças de escolas públicas de 7 a 11 anos (CAAE: 70686723.3.0000.5382). Foram incluídas todas as crianças cujos pais autorizaram sua participação e que consentiram a realização do exame, que foi realizado por dois examinadores previamente treinados e calibrados, em ambiente escolar, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde. Para a prevalência e severidade de fluorose, foi utilizado o índice de Dean e, para HMI, os critérios da Academia Europeia de Odontopediatria. Os pais responderam um questionário sobre fatores sociodemográficos. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, seguida de regressão logística simples e múltipla para ajuste dos modelos. Foi adotado o método forward stepwise de seleção de variáveis. A qualidade do modelo foi analisada pelo Critério de Informação de Akaike (AIC). Todas as análises foram realizadas no programa R, considerando o nível de significância de 5%. O total de 473 crianças, de ambos os sexos, participaram do estudo. A prevalência de fluorose foi de 28,5%, sendo 7,4% do grau questionável, 11 % muito leve, 5,9% leve, 3,4% moderado e 0,8% severo. A prevalência de HMI foi de 12,7%. Crianças com 9 anos ou mais apresentaram maior prevalência de fluorose (p<0,05). Crianças com fluorose, apresentaram menor chance de apresentarem HMI (p<0,05).
Os resultados apontam para a necessidade do estabelecimento de políticas públicas de vigilância à saúde bucal no município.
(Apoio: PAIC)