Potencial odontogênico de scaffolds de nanofibras incorporados com diferentes fases minerais sobre células pulpares humanas
Mota RLM, Anselmi C, Mendes-Soares IP, Leite MLAS, de-Souza-Costa CA, Hebling J
Morfologia e Clínica Infantil - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Scaffolds de nanofibras têm se destacado na regeneração de tecidos craniofaciais e sua associação com moléculas bioativas potencializa a neoformação desses tecidos. Portanto, esse estudo avaliou o efeito da incorporação de diferentes fases minerais contendo cálcio, fosfato ou ambos em scaffolds de nanofibras sobre células pulpares humanas (HDPCs). Soluções de policaprolactona (PCL; 10% m/v) foram misturadas com hidróxido de cálcio (PCL+HC), nano-hidroxiapatita (PCL+nHA), ou β-glicerofosfato (PCL+βGF) e eletrofiadas para a obtenção de scaffolds. Scaffolds de PCL sem fase mineral serviram como controle. Diâmetro das fibras, espaços interfibrilares e incorporação da fase mineral foram analisados por MEV/EDS (n=4). HDPCs foram semeadas sobre os scaffolds por diferentes períodos e avaliadas quanto à viabilidade (alamarBlue, n=8 e Live/Dead, n=4), adesão e espalhamento (F-actina, n=4) e formação de matriz mineralizada (AlizarinRed, n=8). Os dados foram analisados com ANOVA eSidak, Tukey ou Games-Howell (α=5%). A incorporação de HC aumentou o diâmetro das nanofibras e a porcentagem de espaços interfibrilares, enquanto βGF reduziu ambos. nHA não exerceu efeito sobre esses parâmetros. Aumento significativo da viabilidade, adesão, espalhamento e deposição de matriz mineralizada por HDPCs foi observada para as formulações PCL+HC e PCL+nHA em relação ao controle. Em conclusão, a incorporação de HC e nHA em nanofibras de PCL permitiu a obtenção de scaffolds citocompatíveis favoráveis à adesão, proliferação e deposição de matriz mineralizada por HDPCs. (Apoio: FAPs - Fapesp - IC N° 2019/26672-1 | FAPs - Fapesp - AR N° 2019/16473-1 | CNPq N° 303391/2019-7)PI0427 - Painel Iniciante
Área:
2 - Biologia pulpar
Indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 têm glicose salivar elevada e maior prevalência de manifestações endodônticas
Cardoso HCL, Andrade CAS, Nascimento PF, Damé-Teixeira N, Grisi DC, Guimarães MCM, Salles LP
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Portadores de diabetes mellitus (DM) tipo 2 são mais suscetíveis ao agravamento da COVID-19 e a infecções secundárias durante processos de intubação. O propósito deste estudo transversal foi avaliar a prevalência de manifestações endodônticas em portadores de DM tipo 2 e sua correlação com condições salivares. 60 pacientes, subdivididos em DM tipo 2 e controles (não diabéticos), foram avaliados quanto à condição endodôntica por meio de exames clínicos e radiográficos. Foram realizados exames sistêmicos e salivares de pH, capacidade tampão, amilase e glicose. A avaliação da glicose salivar foi realizada por otimização de um kit nacional, com a taxa de 0.35 mg/dL considerada como valor de corte para classificar em alta ou baixa glicemia. Análise estatística: ODDs ratio e regressão linear multivariada (p<0.05). A razão de chances indicou maior prevalência de doenças endodônticas em DM (OR=11.25, 95% IC: 2.15-58.74, p=0.0017) e glicemia salivar acima de 0.35 mg/dL (OR=6.69; 95% IC: 1.83-25.89; p=0.001). A glicose salivar foi significativamente associada a uma maior prevalência de doenças endodônticas (p<0.05); controlando para glicemia, DM, amilase salivar, pH, capacidade tampão e gênero. A significativa prevalência de doenças endodônticas em DM deve ser considerada como fator de risco aumentado no contexto da pandemia de COVID-19. O teste de glicose salivar adaptado pode ser um método simples e promissor no controle glicêmico e do risco à saúde bucal. (Apoio: CNPq N° 154693/2020-0 | FAPs - FAPDF N° 16991.78.45532.26042017)PI0428 - Painel Iniciante
Área:
2 - Biologia pulpar
Potencial quimiotático e bioativo de um hidrogel de colágeno/gelatina contendo fibronectina sobre células da papila apical humana
Peruchi V, Leite MLAS, Soares DG, Anovazzi G, Anselmi C, Hebling J, de-Souza-Costa CA
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Biomateriais inovadores têm sido propostos para estimular a regeneração pulpar de dentes com rizogênese incompleta. O objetivo desse estudo foi avaliar o potencial quimiotático e bioativo sobre células da papila apical humana (hAPCs) de um hidrogel à base de colágeno/gelatina (Col/Gel) associado ou não a diferentes concentrações de fibronectina (FN). Incialmente, a solução de Col/Gel na proporção de 8:2 (v/v) foi preparada e então dissolvida em meio de cultura (α-MEM 10x) suplementado com 0, 5 ou 10 µg/mL de FN na proporção de 3:1 (v/v). Assim, foram estabelecidos os seguintes grupos: Col/Gel; Col/Gel+FN5; Col/Gel+FN10. As soluções dos hidrogéis foram neutralizadas e aplicadas na base de placas de 48 poços, seguido de incubação por 1 h a 37ºC para permitir geleificação. Um hidrogel à base de colágeno foi usado como grupo controle. A seguir, hAPCs (1x105) foram cultivadas sobre os hidrogéis e avaliadas quando a migração (M), viabilidade (V), adesão/espalhamento (A/E) e expressão gênica de marcadores relacionados à regeneração pulpar (ITGA5, ITGAV, COL1A1, COL1A3) (ANOVA/Tukey; α=5%). O aumento da M, V, A/E e expressão gênica pelas hAPCs foi diretamente proporcional a quantidade de FN incorporada ao hidrogel (p<0,05). O grupo Col/Gel apresentou bioatividade similar ao grupo controle (p>0,05). Foi possível concluir que o hidrogel Col/Gel+FN10 apresentou o maior potencial quimiotático e bioativo sobre as hAPCs, indicando que este biomaterial pode ser uma interessante opção para estimular a regeneração da polpa de dentes com rizogênese incompleta. (Apoio: CNPq N° #120354/2020-9)PI0429 - Painel Iniciante
Área:
2 - Terapia endodôntica
Influência da temperatura de armazenamento na solubilidade do cimento resinoso ah plus
Maiochi AC, Fiorenza PB, Nomura LH, Teixeira CS, Coelho BS, Schuldt DPV, Almeida J
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O AH Plus® é um cimento obturador à base de resina epóxi de grande aplicação pelos dentistas, o fabricante recomenda que seu armazenamento esteja entre temperaturas de 10ºC a 24ºC e sua utilização ocorra em temperatura ambiente, alegando possíveis alterações no desempenho do cimento caso a orientação de armazenamento não seja respeitada. No entanto, países como o Brasil a temperatura ambiente pode ser superior a 30 graus e diversos cirurgiões dentistas armazenam o cimento endodôntico em geladeira. Foi avaliado o efeito de diferentes temperaturas no armazenamento das pastas do cimento endodôntico AH Plus® quanto a solubilidade. Três grupos foram avaliados: G1 a 5°C, G2 a 20ºC e G3 a 35ºC. Os testes seguiram os padrões propostos por Carvalho et al, 2007, replicado por Bernardi et al, 2017 e foram analisados de acordo com a ISO 6876 e ANSI/ADA nº 57 2012. Para o teste de solubilidade, anéis preenchidos com cimento foram pesados úmidos e secos, após a presa completa e após 7 dias. Os dados foram analisados através dos testes Shapiro-Wilk, Levenne, ANOVA e Tukey (α = 0,05). Foi encontrada diferença estatística entre as médias dos grupos G1 e G2. Mudanças na temperatura de armazenamento causaram alterações na solubilidade do cimento, no entanto, os valores encontrados demonstram que o material está dentro da norma recomendada.PI0430 - Painel Iniciante
Área:
2 - Terapia endodôntica
Avaliação da radiopacidade de dentes artificiais utilizados para treinamento endodôntico
Mendes JL, Louzada VG, Brazão EH, Castro-Raucci LMS, Silva-Sousa YTC, Raucci-Neto W
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo teve como objetivo avaliar a radiopacidade de três marcas comerciais de dentes artificiais e compara-las a dentes naturais. Foram utilizados 10 molares superiores para cada grupo, sendo: IM do Brasil (IM), Fábrica de Sorrisos (FS), Bokas (BK) e dentes naturais (DN). Foram obtidas imagens radiográficas dos dentes e de escala de alumínio, utilizando um aparelho de raio-x (70 kVp; 8 mA; 0,3 s). As imagens foram analisadas utilizando o software Digora for Windows 2.7, sendo mensurados, para cada elemento dental, a radiodensidade de sete pontos entre a porção coronária e os terços radiculares. Os dados foram analisados pelo teste de Análise de Variância (ANOVA), seguido pelo pós-teste Tukey (α = 5%). Para os pontos analisados no esmalte dos elementos dentais, foi observado que FS e BK apresentaram radiopacidade estatisticamente semelhante aos dentes naturais (p = 0,996 e p = 0,224, respectivamente). Em relação à dentina coronária, todos os dentes artificiais apresentam valores estatisticamente distintos dos dentes naturais (p < 0,05). Quando comparados pelo terço cervical, todos os dentes artificiais apresentam valores estatisticamente distintos dos dentes naturais (p < 0,05). Em relação aos terços médio e apical, apenas IM apresentou valores semelhantes aos dentes naturais (p = 0,091 e p = 0,132, respectivamente). Conclui-se que todas as marcas comerciais avaliadas apresentam algum grau de similaridade na radiopacidade com os dentes naturais, entretanto, a equivalência deste parâmetro não se reproduz em todas as áreas anatômicas do elemento dental.PI0431 - Painel Iniciante
Área:
2 - Terapia endodôntica
Uso de um aplicativo e podcasts como metodologia ativa de ensino aplicada no laboratório de endodontia da UFC Sobral
Alves SM, Carvalho Sousa B, Vasconcelos BC, Costa JD, Teixeira AH
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse trabalho foi relatar a elaboração e implantação de podcasts e um aplicativo na disciplina de Laboratório de Endodontia da UFC-Sobral. Foram realizadas revisões da literatura e resumos das aulas ministradas pelos professores da disciplina para a construção dos áudios e disponibilização no aplicativo. Os áudios foram disponibilizados nas plataformas digitais como Spotify e Google Podcasts. No aplicativo, foram disponibilizados os podcasts, resumos das aulas ministradas e quiz sobre os conteúdos vistos. Surgiu assim, o Endocast e o Endoapp. A divulgação dos podcasts e do aplicativo foi feita através de uma página no instagram (@endo.cast) e durante as aulas teóricas que aconteciam pelo Google Meet. Para avaliarmos a utilização das ferramentas elaboramos um formulário via google Forms. Os alunos responderam que tomaram conhecimentos desses recursos através das redes sociais e por colegas da faculdade. Dentre os alunos, 94,4% relataram que tem gostado da experiência e que também recomendariam. Dentre os pontos positivos que foram atribuídos, destacaram-se: "resumos completos", "facilidade de acesso" e "união de tecnologia e aprendizado". Em relação ao que se pode melhorar, os alunos relataram que: "faltam casos clínicos no app", "disponibilizar os PDFs dos resumos para download", "melhorar o áudio dos podcasts" e "aumentar o conteúdo". Os podcasts e aplicativos têm um grande poder de alcance e popularidade entre os estudantes, sendo assim meios que podem ser considerados para o processo de ensino e aprendizado.PI0432 - Painel Iniciante
Área:
2 - Terapia endodôntica
Prevalência dos erros radiográficos durante o tratamento endodôntico realizados por alunos da Universidade do Sul de Santa Catarina
Godinho FG, Schlosser A, Kulkamp HS, Figueiredo DR, Schuldt DPV, Coelho BS, Almeida J
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Durante a formação acadêmica muitos erros radiográficos são cometidos. A radiologia é requisito essencial para a formação de Cirurgiões-Dentistas. Determinar a prevalência de erros em radiografias periapicais nos tratamentos endodônticos realizados pelos acadêmicos de Odontologia da Universidade do Sul de Santa Catarina - Campus Grande Florianópolis. Foram avaliadas 2211 radiografias periapicais digitais de 226 prontuários de pacientes que realizaram tratamento endodôntico no segundo semestre de 2017 e durante os anos de 2018 e 2019. Foram analisados os seguintes erros: posicionamento incorreto do filme, angulação vertical, angulação horizontal, aparecimento de meia lua ou halo, corte de estrutura dental, erro de dissociação e erro no uso de posicionador. Registrados a região e dente tratados, etapa do tratamento em que a radiografia foi realizada e fase do aluno. Os dados foram tabulados, a análise descritiva e testes de associação através do Qui-quadrado de Pearson foram realizadas pelo software Stata versão 13.0, nível de significância de 5%. Das radiografias analisadas, 64,7% (1431) foram consideradas inadequadas porque possuíam pelo menos um erro radiográfico; o erro mais prevalente foi angulação vertical incorreta 41,9%, seguido pelo corte da estrutura dental 38,5%. Realizar radiografias periapicais durante os tratamentos endodônticos é procedimento relativamente difícil, por isso necessita de reforço constante das técnicas e maior treinamento dos acadêmicos, haja vista mais da metade das amostras apresentarem erros radiográficos.