RESUMOS APROVADOS

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AO0172 - Apresentação Oral
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 13

Análise da proporção de exodontia entre procedimentos odontológicos antes e após o início da pandemia do COVID-19 no Brasil
Costa MDAS, Schmittd N, Ishigame RTP, Silva RO, Cavalcanti YW, Lucena EHG
Centro de Ciências da Saúde - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo comparou o indicador de proporção de exodontia entre procedimentos odontológicos na Atenção Primária à Saúde entre os anos de 2019 e 2020 no Brasil. Realizou-se um estudo observacional, com delineamento ecológico transversal, que utilizou dados do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) do Ministério da Saúde. Foram coletados dados referentes ao total de procedimentos odontológicos realizados nos anos de 2019 e 2020, em seguida calculado o percentual das extrações dentárias em relação à soma de procedimentos (PEP) selecionados (rol que inclui as extrações). Os dados, coletados por estado, representam o consolidado no ano de 2019 (antes) e 2020 (após o início) da pandemia no Brasil. Os valores foram comparados por meio do teste Wilcoxon (p<0,05). Entre os anos 2019 e 2020, verificou-se redução global no número de procedimentos clínicos, incluindo as exodontias, em todos os 27 estados, sendo esta diferença estatisticamente significante (p<0,01). Observou-se ainda aumento significante (p<0,01) na média do PEP de 6,3% (2019) para 8,0% (2020) (Z= -4,541; p<0,01). O Distrito Federal (%V=52,4%) e o Espírito Santo (%V=50,8%) apresentaram o maior percentual de variação na razão das extrações dentárias em relação à soma de procedimentos.
Embora tenha havido redução no número de procedimentos odontológicos realizados na Atenção Primária à Saúde, a proporção de exodontias aumentou entre 2019 e 2020, demonstrando a transição para um modelo mais mutilador.
AO0174 - Apresentação Oral
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 13

Qualidade do cuidado em instituições de longa permanência para idosos: validação de matriz de avaliação
Vieira BLC, Martins AC, Ferreira RC, Vargas AMD
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo a criação e validação de uma matriz para avaliação da qualidade do cuidado em instituições de longa permanência para idosos (ILPI). Trata-se de um estudo metodológico realizado entre dezembro de 2019 e setembro de 2020, em três etapas. Na primeira, foi realizada a construção da matriz baseada em modelo multidimensional de qualidade, legislação brasileira e pesquisa bibliográfica. As dimensões utilizadas foram: ambiente, lar, cuidado, envolvimento familiar e da comunidade, equipe de trabalho e gestão. Para cada uma delas foram criados indicadores de avaliação. Na segunda, realizou-se a validação pela Técnica Delphi modificada, por meio eletrônico, com 10 experts, escolhidos pela experiência e afinidade com o tema. Para que o indicador fosse mantido foi necessário consenso mínimo entre os experts de 75%. Cada indicador foi avaliado quanto a pertinência para avaliação da qualidade da ILPI, da adequação dos objetivos, da redação e da escala de avaliação. Os experts puderam também dar sugestões de redação e fazer comentários. A terceira etapa foi a aplicação da matriz em 10 ILPI para validação final. No primeiro ciclo de análise foram excluídos três indicadores e dois novos foram criados. No segundo, um indicador foi alterado de dimensão e dois foram unidos. Ao final, permaneceram 29 indicadores divididos em seis dimensões.
É esperado que a matriz se apresente como um importante instrumento de avaliação, monitoramento, acompanhamento e comparação, estimulando o contínuo aperfeiçoamento e qualificação do cuidado aos residentes de ILPI.
AO0175 - Apresentação Oral
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 13

Dor dentária e fatores associados em adolescentes de 12 anos de idade em um estado do Sudeste do Brasil
Costa NC, Abreu MHNG, Pinto RS, Vargas-Ferreira F, Martins RC
Odontologia Social e Coletiva - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo transversal avaliou a dor dentária e os fatores associados em adolescentes de 12 anos, do estado de Minas Gerais, Brasil, utilizando dados secundários do levantamento epidemiológico SB Minas Gerais 2012. A variável dependente foi dor dentária nos últimos 6 meses. As variáveis independentes foram agrupadas em dois níveis; individual (sexo, etnia, renda familiar, condição periodontal, cárie dentária, necessidade de tratamento odontológico, tipo de serviço utilizado) e contextual (fator de alocação, Índice de Desenvolvimento Humano, Coeficiente de Gini, Produto Interno Bruto , desemprego, analfabetismo , saneamento básico, coleta de lixo, renda familiar, meio ou um quarto de salário mínimo, coberturas de atenção primária à saúde e equipe de saúde bucal, presença de técnico em saúde bucal na equipe de saúde bucal, acesso à primeira consulta odontológica, escovação supervisionada, presença de laboratório de prótese e Centro de Especialidades Odontológicas). A análise multinível foi realizada utilizando o Programa Hierarchical Linear and Nonlinear Modeling. A prevalência da dor dentária entre os adolescentes foi de 19,1%. Foi encontrada associação entre dor dentária nos últimos 6 meses e renda familiar (p <0,001), cárie dentária (p <0,001), cobertura da equipe de saúde bucal (p = 0,015) e presença de técnico em saúde bucal (p = 0,008).
Condição socioeconômica e cárie dentária, doença bucal mais prevalente, bem como a utilização de serviços públicos, estiveram relacionadas à dor dentária em adolescentes de 12 anos.
AO0176 - Apresentação Oral
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 10/09 (Sexta-feira) - Horário: 16h00 - 17h30 - Sala: 13

Pandemia de COVID-19 no Brasil: Qual a repercussão nos atendimentos odontológicos realizados no Sistema Único de Saúde?
Sartori LRM, Chisini LA, Costa FS, D´Avila OP, Demarco FF, Corrêa MB
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Considerando o complexo contexto da pandemia de COVID-19 (Coronavirus Disease 2019) no Brasil, o objetivo deste estudo foi estimar o impacto da pandemia nos procedimentos odontológicos realizados no SUS (Sistema Único de Saúde). Este é um estudo ecológico retrospectivo de série temporal realizado com dados secundários do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) para 5564 municípios brasileiros. O desfecho foi o número de procedimentos odontológicos por 100.000 habitantes. A avaliação do impacto da pandemia de COVID-19 nas taxas de procedimentos foi realizada através de comparações mês a mês dos primeiros seis meses de pandemia, março a agosto de 2020, com os respectivos meses de 2019. Análises descritivas e regressão binomial negativa de efeitos mistos foram realizadas no software estatístico STATA 16.0. Em março de 2020 houve uma redução de 55% na taxa de procedimentos totais realizados (IRR= 0,45; 95%IC [0,39 - 0,51]), e, para os demais meses a redução foi superior à 88%. Todos os procedimentos tiveram reduções e, o maior decréscimo foi observado em procedimentos preventivos coletivos de abril a agosto de 2020, superior à 99%. No mesmo período, extrações dentárias, urgências odontológicas e procedimentos de prótese apresentaram as menores reduções, apesar de serem superiores à 60%.
Conclui-se que houve uma drástica redução nos procedimentos odontológicos do SUS após o início da pandemia de COVID-19 no Brasil, o que potencialmente impactará negativamente na saúde bucal dos brasileiros e, no aumento da demanda reprimida e sobrecarga do SUS no pós-pandemia.
(Apoio: CAPES  N° 001)