Relação entre a prática esportiva de alto rendimento e as desordens do sistema estomatognático: Projeto Piloto
Almeida RMM, Barreto BCT, Bolognese AM, Vilela LT, De Souza MMG
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Foi investigada, em atletas de médio e alto rendimento, a relação entre esta prática esportiva e o comportamento do sistema estomatognático. Oitenta voluntários (22 homens e 58 mulheres) preencheram questionário online. Além de identificação, os participantes foram perguntados sobre o esporte praticado, tempo da prática (em anos), frequência (dias por semana), duração (horas por dia) e carga utilizada. A autopercepção do atleta acerca do apertamento dentário foi avaliada questionando se havia consciência do hábito durante a execução dos movimentos e se este causava dor. Ainda, foi indagado sobre uso de protetor bucal durante treinos. Somente um pesquisador foi responsável por tabular os dados e analisa-los com o programa Statistical Package for Social Science Software (SPSS, Chicago, Illinois, EUA), versão 23.0. utilizando teste qui-quadrado de Pearson, com significância estatística de p<0,05. Todos os participantes eram praticantes de crossfit. A amostra apresentou média de idade de 28,6 anos (DP: 6,8 anos) com 72,5% de mulheres e 80% brancos. Foi encontrado que 48,8% dos voluntários têm hábito de apertamento sem relato de dor (p=0,386), 56,8% não tem ciência das possíveis consequências do hábito (p=0,607) e 100% não faz uso de protetor bucal. Apesar de grande parcela dos esportistas não sentir dor, o apertamento é um hábito deletério que pode acarretar diversas consequências, como o bruxismo. Sendo assim, maior consistência nas informações irá gerar protocolos preventivos de proteção e conscientização para estes atletas. (Apoio: CNPq)PI0092 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Medo, mudanças na rotina e no atendimento odontológico de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo na pandemia COVID-19
Machado BA, Moro JS, Massignan C, Cardoso M, Santana CM, Bolan M
Ccs - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A mudança na rotina é um fator potencial estressante para a criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção dos pais de crianças/adolescentes com autismo sobre o impacto na rotina das crianças durante e após a pandemia da COVID-19, o medo das crianças quanto ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e avaliar o medo dos pais em relação a pandemia. Foi realizado um estudo transversal, por meio de questionários online dirigidos a pais de crianças com TEA, com idade entre 3 e 18 anos, residentes no Brasil. O questionário apresentava 11 perguntas referentes às características dos pais e das crianças,como o grau de autismo estabelecido por um laudo médico, e sobre a pandemia da COVID-19. Foram obtidas 1072 respostas em 2 semanas. Os resultados mostraram que a maioria dos pais (72,13%) relatou ter alto medo da pandemia da COVID-19, 59,34% dos pais acredita que as crianças terão medo de ser tratados por um dentista com o EPI completo e 61,33% acredita que a situação associada a COVID-19 afetará a rotina diária do filho. Observou-se que as crianças em que os pais responderam ter com alto medo do EPI tiveram 70% mais chance de ter TEA moderado/grave em comparação com aquelas que tem pouco medo, e que crianças que tiveram o maior impacto em sua rotina tiveram 44% mais probabilidade de ter TEA grave/moderado em comparação com aquelas com baixo impacto na rotina. Esse estudo evidenciou que o impacto social nas vidas das crianças com TEA durante a pandemia de COVID-19 pode ser alto, e essas condições podem ser influenciadas pelo grau de autismo.PI0093 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Condição de cárie dentária em escolares atendidos em uma clínica odontológica universitária
Rosário AM, Oliveira TTV, Schardosim LR, Menegaz AM, Goettems ML, Romano AR, Azevedo MS, Costa VPP
Faculdade de Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi avaliar as condições de cárie dentária (CD) em escolares atendidos na clínica odontopediátrica de uma universidade pública descrevendo sua severidade e consequências. Foram incluídas crianças de 8 a 12 anos. Para avaliação da CD usou-se o International Caries Detection and Assessment System (ICDAS). Classificou-se o atepaciente quanto a severidade em: sem cárie (superfícies hígidas); estágio inicial: pelo menos uma superfície com mancha branca; estágio moderado: e pelo menos uma superfície com lesão cavitada limitada ao nível de esmalte ou com aparência de sombreamento da dentina subjacente; e estágio avançado: pelo menos uma superfície com cavitação e exposição de dentina. O paciente com pelo menos uma superfície com atividade de CD foi classificado como com atividade. O índice PUFA (envolvimento pulpar, úlcera devido a fragmentos de raízes, fístula e abscesso) foi coletado. Foi realizada análise estatística descritiva. Do total de 119 pacientes incluídos, 7,6% estavam livres de CD, a maioria tinha no seu estágio mais severo (39,5%). Dentre os que tinham lesão de CD, 57 (47,9%) tinham algum dente restaurado por CD, 8 (6,7%) algum dente perdido por CD e 65,4% tinham lesões ativas. A prevalência do índice PUFA foi 5,9%. Além disso, também se verificou que as lesões ativas estavam mais concentradas naqueles com lesões mais severa. O perfil de pacientes que buscam atendimento odontológico nessa instituição é de crianças com altos índices de cárie dentária e em estágio avançado.PI0094 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Prevalência de alterações de esmalte dentário em prontuários de crianças e adolescentes atendidos em 2019 na Clínica Infantil da FOUERJ
Vieira JCM, Soares CF, Athayde GS, Barja-Fidalgo F, Fidalgo TKS, Lenzi MM, Marsillac MWS
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Distúrbios, locais e sistêmicos, podem levar a alterações na deposição da matriz (hipoplasia) e/ou na mineralização (opacidades) do esmalte dentário. O objetivo desse estudo retrospectivo foi determinar a prevalência de alterações de esmalte dentário registradas nos prontuários de crianças e adolescentes, entre 6 e 15 anos de idade, atendidos no período de março a dezembro de 2019 no Núcleo de Procedimentos Odontológicos Infanto-juvenil (NPOIJ) da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FOUERJ). Esse estudo foi aprovado pelo do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto, nº 1.675.731. Os dados dos prontuários foram coletados e tabulados no editor de planilhas Microsoft Excel 16.0 e analisados no programa SPSS 22.0. A amostra foi composta por 221 prontuários de pacientes com média de idade de 9,3 (±1,7) onde 109 pacientes eram do sexo masculino (49,3 %) e 112 do feminino (50,7 %). Dos 221 prontuários 79 (35,7%) registraram o total de 91 (100%) alterações de esmalte dentário do tipo: opacidade difusa (n=47, 51,7%), opacidade demarcada (n=38, 41,7%) e hipoplasia (n=6, 6,6%). Dentre os 79 (100%) prontuários, 12 (9,5%) registraram duas dessas alterações simultaneamente sendo essas: HMI e fluorose (n=9, 75,1%); HMD e fluorose (n=1, 8,3%); opacidade demarcada por trauma e fluorose (n=1, 8,3%); HMI e hipoplasia (n=1, 8,3%). No NPOIJ a prevalência encontrada foi de 35,7%, destacando-se a importância do diagnóstico diferencial para um correto manejo clínico, de acordo com a necessidade do paciente.PI0095 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Cárie na primeira infância, fatores socioeconômicos e higiene bucal em pré-escolares de Ribeirão das Neves
Lana DS, Martins LP, Bittencourt JM, Paiva SM, Bendo CB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi determinar a prevalência da cárie na primeira infância (CPI) e analisar a associação entre CPI, fatores socioeconômicos e fatores relacionados a higiene bucal de pré-escolares. Foi realizado um estudo transversal representativo, com 533 pares de pais/pré-escolares, de 4 a 6 anos de idade, de escolas públicas e privadas de Ribeirão das Neves, Minas Gerais. Os pré-escolares foram examinados por duas examinadoras calibradas para avaliação da CPI, por meio do International Caries Detection and Assessment System (ICDAS), sob luz artificial e com espelho clínico esterilizado. Os pais/responsáveis responderam um questionário com questões sobre fatores socioeconômicos e sobre a higiene bucal de seus filhos. Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Minas Gerais (CAAE-86759218.0.0000.5149). Foram realizadas análises descritivas e bivariadas através dos testes Qui-quadrado e Linear por Linear. A prevalência da CPI foi de 76,9%, sendo que a maioria apresentou CPI em estágio extenso (33,0%). A presença de CPI em estágio extenso mostrou-se associada à escola pública (p=0,002) e à renda mensal familiar menor que 2 salários mínimos (p=0,020). Entretanto, não houve associação estatisticamente significativa entre CPI e fatores relacionados a higiene bucal dos pré-escolares (p>0,05). Conclui-se que aproximadamente três quartos dos pré-escolares apresentavam CPI. A presença de CPI em estágio extenso se encontrava associada à escola pública e menor renda mensal familiar. (Apoio: CAPES | CNPq | FAPs - FAPEMIG)PI0096 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Impacto das maloclusões na qualidade de vida de pré-escolares utilizando o questionário Peds
Coqueiro LJS, Moura MS, Moura LFAD, Lima CCB, Aquino SR, Silva GVM, Lopes TSP, Lima MDM
Dpco - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Maloclusões são prevalentes na dentição decídua e ocasionam distúrbios na mastigação, fonação e estética. O presente estudo teve por objetivo avaliar o impacto das maloclusões na qualidade de vida de pré-escolares de acordo com auto relato e percepção dos pais. Foi realizado estudo transversal representativo dos pré-escolares de 5 anos de idade de Teresina, Piauí, Brasil. Foram incluídos 566 crianças e seus responsáveis que responderam ao questionário Pediatric Quality of Life InventoryTM. Foi realizado exame clínico para diagnosticar experiência de cárie dentária, defeitos de esmalte e maloclusão por meio dos índices ceo-d, DDE modificado e critérios de Foster e Hamilton, respectivamente. Análise descritiva e Regressão de Poisson foram realizadas (p < 0.05). A prevalência de maloclusão foi de 51,2%. De acordo com os responsáveis, sobressaliência topo a topo teve impacto negativo no domínio de capacidade física e aspecto social (RP: 1,11; IC95%: 1,02-1,20 e RP: 1,11; IC95%: 1,03-1,19, respectivamente). De acordo com as crianças, mordida cruzada posterior teve impacto negativo no escore geral (RP: 1,43; IC95%: 1,03-1,97) e aspecto de saúde bucal (RP: 1,08; IC95%: 1,04-1,13); e sobremordida reduzida, no aspecto emocional (RP: 1,10; IC95%: 1,01-1,18) e de saúde bucal (RP: 1,08; IC95%: 1,01-1,16). Maloclusões impactaram negativamente na qualidade de vida de pré-escolares no relato dos pais e das crianças. (Apoio: CNPq N° 139617/2020-5)PI0097 - Painel Iniciante
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4 - Ortodontia
Influência de bráquetes ortodônticos em escaneamentos in-vivo e ex-vivo
Mendes FA, Vargas EOA, Vargas DOA, Coqueiro RS, Nojima MCG, Nojima LI, Sant´Anna EF, Pithon MM
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar se a presença de bráquetes ortodônticos influencia na fidelidade de modelos digitais gerados a partir de escaneamentos in-vivo e ex-vivo de pacientes ortodônticos. Dezoito pacientes ortodônticos com bráquetes colados na dentição permanente foram submetidos a escaneamento intraoral completo da arcada com scanner CEREC Omnicam® (Sirona). Moldagens de alginato do arco de cada paciente foram realizadas e modelos de gesso foram confeccionados e digitalizados com o mesmo scanner. As distâncias intermolar, intercanino e larguras mesiodistal dos incisivos foram medidas nos dois modelos digitais e no gesso. Foi utilizada a análise de variância (ANOVA) ou teste de Friedman, sendo as diferenças entre os pares verificadas pelo teste de Bonferroni ou teste de Wilcoxon, respectivamente. Ambos os modelos digitais foram sobrepostos usando registro baseado em superfície. O menor coeficiente de concordância de Lin foi de 0,960 (IC 95% = 0,900-0,984), clinicamente adequado. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os três tipos de medidas do modelo, exceto para o incisivo lateral esquerdo inferior, (modelos digitais in-vivo apresentaram ∆médio de 0,05 mm). A sobreposição dos modelos digitais revelou diferença mínima de 0,12 mm (± 0,03). Os modelos in-vivo são clinicamente comparáveis e apresentam menos distorções que os modelos de gesso e as medidas em modelos in-vivo e ex- vivo são excelentes em termos de veracidade e precisão e podem ser utilizadas clinicamente. (Apoio: CAPES N° 001)PI0098 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Quais materiais obturadores são mais utilizados no tratamento endodôntico de dentes decíduos?
Santos JL, Bussadori SK, Santos EM, Moriyama CM
Pós Graduação - UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Apesar de existirem diversos materiais disponíveis, a literatura científica ainda não apresenta um consenso de qual o melhor material obturador no tratamento endodôntico de dentes decíduos. Por meio de um questionário eletrônico, 51 cirurgiões responderam sobre custo efetividade, vantagens e desvantagens dos seguintes materiais: Pasta Guedes-Pinto (PGP), Feapex (FPX), Hidróxido de Cálcio (HC), Óxido de Zinco e Eugenol (OZE), CTZ e MTA. Como resultados 49% dos participantes possuíam idade entre 20 e 29 anos, 86,3% do sexo feminino, 54,9% solteiros, 49% possuíam entre 0 a 5 anos de formados, 81,6% estudaram no ensino privado e 59,2% eram odontopediatras. Para 60,8% o procedimento endodôntico é realizado 1 vez a cada 3 semanas; 72,5% indicaram que a necrose pulpar é ocorrência mais comum, e a PGP foi o material mais utilizado (52,9%). Como critério de escolha, 70,6% optaram pela efetividade do material. Como vantagens 21,7% (HC) e 30,6% (FPX) escolheram estes materiais pela facilidade no uso. Já 64,6% empregam a PGP pela boa capacidade antimicrobiana; Como desvantagens, 28,6% relataram a rápida reabsorção do HC; 35,4% dificuldade de encontrar os materiais o uso da PGP; 14,3% preenchimento inadequado dos canais radiculares do OZE; 34,7% custo elevado da FPX e 65,3% nunca utilizaram a CTZ. A Pasta Guedes-Pinto mostrou ser o material preenchedor mais utilizado visto as vantagens apresentadas como a boa capacidade antimicrobiana, contudo a dificuldade em achar os componentes para a sua manipulação apresentou-se como uma desvantagem.PI0099 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Cárie na primeira infância e presença de ansiedade/medo odontológico do pré-escolar
Lourdes-Ribeiro ML, Bittencourt JM, Martins LP, Paiva SM, Bendo CB
Odontopediatria - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre a ansiedade/medo odontológico em pré-escolares e cárie na primeira infância (CPI). Foi realizado um estudo transversal representativo, com 533 pré-escolares (4-6 anos), de escolas públicas e privadas de Ribeirão das Neves, Minas Gerais. Os pré-escolares foram examinados por duas examinadoras calibradas para o diagnóstico da CPI, utilizando o índice International Caries Detection and Assessment System (ICDAS) e esta variável foi utilizada de forma quantitativa. Os pais/responsáveis responderam à pergunta "Seu filho fica ansioso ou com medo quando vai ao dentista?" e também a um questionário socioeconômico. Idade e renda familiar foram coletadas como variáveis de confusão. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 86759218.0.0000.5149). Análises estatísticas bivariadas e multivariadas foram realizadas utilizando a regressão de Poisson com variância robusta (p<0,05). A média da idade dos pré-escolares foi de 4,78 (DP=0,669), e a média da CPI foi de 4,48 (DP=4,181). A análise multivariada, ajustada por renda familiar e idade, mostrou que pré-escolares com ansiedade/medo odontológico apresentam 1,31 vezes mais dentes com lesões cariosas comparado com pré-escolares que não possuíam ansiedade/medo odontológico (95%IC:1,04-1,65). Conclui-se que pré-escolares com ansiedade/medo odontológico possuem 30% mais dentes cariados na primeira infância se comparado com aqueles que não tem estes sentimentos negativos em relação ao tratamento odontológico. (Apoio: CAPES | CNPq | FAPs - FAPEMIG)PI0100 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Cárie grave na infância: prevalência e fatores de risco em pré-escolares de 18 a 36 meses de idade em São Luís - MA
Rocha GS, Macêdo RFC, Jardim MS, Silva JA, Nunes FRS, Costa JF, Barros LC, Costa EL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este trabalho objetivou relacionar a ocorrência de cárie grave da infância com fatores nutricionais e comportamentais em pré-escolares. Foram incluídas 111 crianças de 18 a 36 meses levadas a atendimento odontológico em 42 Unidades Saúde da Família em São Luís - MA, entre junho de 2011 e julho de 2012. A condição bucal foi mensurada através do índice CEO-d, IPV/ISG. Os dados socioeconômicos, nutricionais e comportamentais foram coletados através de questionário aplicado aos responsáveis. A definição do Grupo Cárie foi CEO-d≥1. Na estatística, utilizou-se os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher. Modelos de regressão de Poisson e a medida razão da taxa de incidência (RTI) foram utilizadas para a análise multivariada, adotando um nível de significância de 5% e intervalo de confiança de 95%. 55% das crianças eram livres de cárie e 45% tinham a doença. No Grupo Cárie, 76% possuíam lesões de mancha branca, 70% tinham o hábito de comer guloseimas entre as refeições (p=0,04) e a frequência de ingestão de sacarose foi considerada alta (3x/dia). Evidenciou-se associação entre comportamento da mãe e saúde bucal dos filhos (p=0,02). Após análise multivariada, idade (RTI=1,05; IC95%=1,03-1,07; p<0,001) e consumo de guloseimas (RTI=1,46; IC95%=1,11-1,92; p=0,006) apresentaram associação com incremento da ocorrência de lesões de cárie. A frequente exposição aos açúcares na forma de guloseimas entre as refeições, a falta de orientação das mães sobre os cuidados de higiene bucal e o aumento da idade foram fatores determinantes para a ocorrência da cárie grave da infância.