Prevalência e fatores associados à gengivite em pré-escolares
Cruz MSO, Sousa GP, Matos AFB, Lima CCB, Lima MDM, Moura LFAD, Moura MS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou avaliar a prevalência e fatores associados à gengivite em pré-escolares. Esta pesquisa foi um recorte de ensaio clínico randomizado que avaliou a eficácia da educação em saúde bucal para pais/responsáveis combinado com o uso de fluoretos no controle da Cárie na Primeira Infância (CPI). Participaram crianças menores de quatro anos de idade, residentes em Teresina, Piauí, matriculadas em creches públicas, e seus pais/responsáveis. Inicialmente foram examinadas as superfícies vestibulares e linguais de todos os dentes considerando a presença ou ausência de biofilme dental avaliada pelo IPV, e em seguida realizada higiene bucal com escova e dentifrício fluoretado. Durante a escovação foram observados os pontos gengivais sangrantes e o aspecto da gengiva. Para análise dos dados realizou-se estatística descritiva e testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher. Participaram 229 crianças, sendo 50,2% do sexo feminino 90,0% na faixa etária de quatro anos. Com relação ao perfil socioeconômico demográfico houve predomínio da renda familiar maior ou igual a um salário mínimo (127- 55,5%) e escolaridade dos pais entre 9 a 12 anos. Quanto ao IPV e SG, observou-se frequência de 80,8% (média de 4,93) e 51,3% (média de 1,61) respectivamente. Quanto à severidade dos índices de placa e gengivite observou-se 60,7% e 93,9% de até cinco dentes afetados, respectivamente. Houve associação entre gengivite e idade de quatro anos (p=0,037). A frequência de gengivite nos pré-escolares avaliados foi significativa e associada com maior idade.PN0930 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Análise da associação entre etiologia e grau de severidade das injúrias dentárias traumáticas
Soares YO, Lazzari JM, Pereira AC, Pecorari VGA, Vargas Neto J, Santos ECA, Ferraz CCR, Soares AJ
Endodontia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A etiologia das injúrias dentárias traumáticas (IDT) está relacionada aos hábitos sociais. Os costumes e o modo de vida da sociedade alteram-se ao longo dos anos e movem as taxas de acidentes de trânsito e agressões físicas, por exemplo. Dessa forma, o grau de severidade das IDT também parece se alterar, à medida que os indivíduos vêm modificando seu comportamento. Sendo assim, este estudo investigou a razão de chance de IDT severas terem ocorrido devido às diferentes etiologias. Para isso, 837 prontuários de indivíduos assistidos no Serviço de Atendimento aos Traumatismos Dentários (SATD-FOP/UNICAMP), entre 2002 e 2019, foram selecionados. A etiologia e o grau de severidade foram categorizados, assim como as IDT classificadas para análise de associação univariada através do teste X2, seguida de análise de regressão multinominal. O fator etiologia apresentou-se associado à severidade das injúrias (p=0,000). A queda foi mais frequente (310/37%) e teve 46,7% das IDT classificadas como severas. No entanto, acidentes de trânsito e outros impactos (281/33,6% dos casos) foram responsáveis por 64% de IDT severas. Além disso, o envolvimento de 3 ou mais dentes em indivíduos maiores de 15 anos, nessa etiologia, foi 1,6 vezes mais frequente do que aqueles que sofreram quedas. Esses dados apontam para tratamentos mais complexos e de múltiplas abordagens. As chances de IDT severas ocorrerem em acidentes de trânsito e outros impactos são aumentadas em 78% (OR-1,78; IC95%: 1,135-2,795) quando comparadas às IDT severas de indivíduos envolvidos em quedas. (Apoio: CAPES N° 88887.342795/2019-00)PN0931 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
A influência do senso de coerência na utilização de serviços odontológicos entre adolescentes: Um estudo de acompanhamento de dois anos
Araújo-Júnior CAS, Vettore MV, Rebelo MAB, Herkrath FJ, Herkrath APCQ, Queiroz AC, Pereira JV, Rebelo Vieira JM
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Para investigar a influência do senso de coerência na utilização de serviços odontológicos em um período de dois anos, 334 adolescentes com 12 anos foram acompanhados em escolas públicas da cidade de Manaus, Amazonas. Os preditores para a utilização de serviços odontológicos estão de acordo com o modelo teórico de Andersen. Fatores predisponentes (sexo, cor da pele e senso de coerência), capacitantes (plano de assistência odontológica, renda familiar mensal e escolaridade dos responsáveis) e de necessidade (dor dentária, autopercepção da saúde bucal, cárie dentária e sangramento gengival) foram coletados. A regressão de Poisson multivariada com variância robusta estimou as razões de taxas de incidência (RTI) e intervalos de confiança de 95%. No acompanhamento, 58,4% dos adolescentes utilizaram os serviços odontológicos no último ano. As pontuações do senso de coerência diminuíram significativamente durante o período do estudo, reduzindo a probabilidade de utilizar os serviços odontológicos nos últimos 12 meses (RTI = 0.96. IC de 95% 0.92-0.99). Cárie dentária (RTI = 1.02, IC de 95% 1.01-1.04) e sangramento gengival (RTI = 1.01, IC de 95% 1.01-1.02) permaneceram associados à utilização de serviços odontológicos no último ano. Adolescentes com dor dentária foram mais propensos a consultar um dentista nos últimos 12 meses (RTI = 1.03, IC de 95% 1.01-1.06). O declínio do senso de coerência, a dor dentária e as condições clínicas bucais foram fatores relevantes podendo influenciar a utilização de serviços odontológicos entre adolescentes de 12 anos. (Apoio: CAPES | CNPq | FAPEAM)PN0932 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Impacto da COVID-19 na prática odontológica do estado de São Paulo, Brasil
Lima TD, Pelozo LL, Corona SAM, Miranda CS, Souza-Gabriel AE
Dentística - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou o impacto da pandemia da COVID-19 na prática odontológica do estado de São Paulo, o mais afetado do Brasil. Um questionário autoaplicável com 26 questões de múltipla escolha dividido em cinco seções (dados epidemiológicos, conhecimento da doença, conscientização e modificações na prática odontológica, aspectos financeiros e psicológicos) foi enviado aos dentistas do estado de São Paulo. Foi utilizada estatística descritiva para avaliar a distribuição de frequências das variáveis, que foram comparadas por sexo, idade, tempo de experiência clínica e ambiente profissional por meio dos testes Qui-quadrado, McNemar e Wilcoxon (α = 0,05). Um total de 302 respostas válidas foram recebidas em 15 dias. A maioria dos participantes tinha até 34 anos (61,6%) e 74,5% eram mulheres. Poucos dentistas (7,6%) tiveram COVID-19 e mais de 99% conheciam as formas de disseminação e sintomas da doença. Quase metade dos participantes com mais de 55 anos interromperam completamente os atendimentos por mais de quatro semanas (p=0,014). Foi observada alteração no padrão de equipamentos de proteção individual (EPI) (p<0,05) e os dispositivos de tecido foram substituídos por descartáveis. A remuneração mensal foi reduzida (86,8%), 90,2% deles estavam inseguros quanto à contaminação. Concluiu-se que os dentistas paulistas demonstraram conhecimento sobre a doença e adotaram protocolos rígidos de biossegurança no atendimento odontológico. No entanto, a pandemia afetou negativamente os aspectos financeiros e psicológicos desses profissionais.PN0933 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Deficiência visual: Avaliação da qualidade de vida e impacto na saúde bucal
Silva MGB, Fernandes-Neto JA, Batista ALA, Simões TMS, Farias LG, Souza AON, Ferreira ACD, Catão MHCV
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo avaliou a qualidade de vida (QV) e a percepção da saúde bucal de deficientes visuais. Foi realizado um estudo quantitativo, de caráter transversal, abrangendo pessoas com deficiência visual. A amostra foi do tipo não probabilista, por conveniência. Foram entrevistados 20 deficientes visuais do Instituto de Educação Assistencial aos Cegos do Nordeste, Campina Grande, Paraíba, maiores de 18 anos. Para a avaliação da QV foi utilizado o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-Bref) e para avaliação da percepção de saúde bucal foi usado o Oral Health Impact, Profile (OHIP-14, versão em português). Os dados foram analisados à luz da estatística descritiva e categorização. 80% dos indivíduos analisados eram do sexo masculino, com média de idade de 32,3 anos. Em relação à escolaridade, 40% possuíam o ensino médio completo. No tocante ao estado civil, 75% eram solteiros. O estudo revelou melhor QV nos domínios psicológico e relações sociais (escores médios, EM: 4,0 ± 2,83 e 3,9 ± 3,22, respectivamente) e pior QV nos domínios físico e meio ambiente (EM 3,7 ± 2,47 e 3,1 ± 1,74, respectivamente). Com relação à avaliação da percepção sobre a saúde bucal, as dimensões mais afetadas foram dor física (EM 2,05 ± 2,01) e desconforto psicológico (EM 2,25 ± 2,27). Em deficientes visuais, a menor percepção de qualidade de vida foi encontrada nos domínios físico e de meio ambiente e, nestes, observou-se, ainda, insatisfação com a sua atual condição de saúde bucal, motivado por dor física e desconforto psicológico.PN0934 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Teleodontologia como ferramenta de monitoramento e orientação durante pandemia covid-19: relato de experiência
Araújo DA, Sato TP, Ramos CJ, Barbieri AA, Teixeira SC
Social e Preventiva - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Relato de experiência com objetivo de descrever o uso da Teleodontologia para monitorar o cuidado em saúde bucal possibilitando a detecção de quadros de urgência em Odontologia e a orientação dos usuários do Sistema Único de Saúde sobre o atendimento odontológico durante a pandemia COVID 19. Para tanto os graduandos em Odontologia contactaram, via telefone, famílias atendidas pelo convênio serviço escola e, após explicações pertinentes e obtenção de consentimento do usuário, aplicavam um questionário pré-clínico baseado no fluxo Fast-Track para Atenção Primária à Saúde - proposto pelo Ministério da Saúde e, em caso de demanda odontológica referida, aplicava-se ainda questionário de Saúde Bucal baseado no questionário para anamnese recomendado pelo CFO e American Dental Association. Participaram da ação 18 famílias das quais 14 responderam aos questionamentos, destas 7 apresentaram integrantes com demanda odontológica referida Os atendimentos propiciaram a orientação sobre o atendimento em ambiente ambulatorial contribuindo para o acesso integral e oportuno aos serviços de Odontologia.PN0935 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Perfil dos cirurgiões-dentistas que atuam no estado de Alagoas diante da pandemia de COVID-19
Sandes-Filho MS, Duarte LCGC, Santos LV, Romão DA, Nóbrega DF, Albuquerque SAV, Albuquerque RM, Santos NB
Programa de Pós Graduação - CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE MACEIÓ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Os profissionais de odontologia apresentam risco elevado para infecção pelo SARS-CoV-2, em decorrência da natureza dos procedimentos odontológicos. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo traçar um perfil dos cirurgiões-dentistas que atuam no estado de Alagoas, diante da pandemia da COVID-19. A amostra foi constituída por 384 cirurgiões-dentistas ativos, sendo utilizado um questionário. Os resultados mostraram 53% dos profissionais atuam há mais de 10 anos. Em relação ao seu campo de atuação, 36% atuam nas redes pública e privada. Sobre a renda familiar, 71% dos participantes relataram que esta sofreu impacto da pandemia. Em relação aos atendimentos, 87% dos participantes realizaram atendimentos ambulatoriais durante a fase emergente da pandemia. Houve mudança na rotina de atendimentos de 89% dos participantes da pesquisa. No que tange aos EPIs, 87% da amostra utiliza gorro descartável, máscara PFF2 ou N95 e protetor facial. Sobre protocolos de desinfecção do ambiente odontológico, 89% dos cirurgiões-dentistas utilizam algum protocolo. Sobre a participação em curso de capacitação, 56% dos participantes referiram ser capacitados. Sobre a infecção pelo COVID, 82% relataram não terem se infectado, todavia, 58% da amostra total tiveram algum familiar acometido. A pandemia afetou a vida profissional dos cirurgiões-dentistas, todavia, as mudanças trouxeram resultados positivos no que diz respeito a contaminação entre os profissionais, que é baixa. Por outro lado, houve um impacto na renda familiar desses profissionais.PN0936 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Saliva, biofilme dentário e saburra lingual em pacientes com síndrome metabólica
Capela IRTCS, Yamashita JM, Anjos AMPE, Groppo FC, Sales-Peres SHC
Saúde Coletiva - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esta pesquisa teve por objetivo identificar saliva, acúmulo de biofilme dentário e saburra lingual em pacientes eutróficos e comparar com os portadores de síndrome metabólica. A amostra foi constituída por 150 indivíduos, divididos em dois grupos: grupo controle (GEU: 75) e grupo experimental (GSM: 75). Foram realizadas as análises: 1. Antropométrica- índice de massa corpórea (IMC-kg/m2) circunferência abdominal (CA-cm); 2. Biofilme dentário- fluorescência vermelha (QLF- Quantitative Light-induced Fluorescence); 3. fluxo salivar estimulado em mL/min e; 4. índice de saburra lingual. Foram adotados os testes Mann-Whitney, Qui-quadrado e Exato de Fisher (p<0,05). Os dois grupos apresentaram mais mulheres, GEU=29;82.9% e GSM=22;88%, que homens. O IMC foi maior no GSM (44,5; IC95% 32-69) que no GEU (22,3; IC95%16,3-25,8) kg/m2. A circunferência abdominal encontrada em GEU foi 75cm (IC95% 61-94) e em GSM foi 123cm (IC95%98-170). Foram encontradas diferenças entre os grupos (p<0,0001): volume de saliva (GEU= 5, IC95% 0,8-12; GSM=3,4, IC95% 0,6-11,4), fluxo salivar (GEU= 1, IC95% 0,16-2,4; GSM=0,68, IC95% 0,12-2,28) e índice de saburra (GEU=16,7; IC95% 5,6-55,6; GSM=33,3; IC95% 5,6-83,3). A análise QLF mostrou maior adesividade de biofilme dentário na superfície dentária dos pacientes do GSM. Os fatores protetores como saliva e os de exposição como o biofilme dentário e adesividade da saburra lingual, apresentaram as piores condições nos indivíduos obesos com síndrome metabólica, evidenciando a necessidade da atenção especial para esse grupo de pacientes. (Apoio: FAPESP N° 2015/05749-5)PN0937 - Painel Aspirante
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9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Métodos destrutivos e não destrutivos para estimativa de idade dental em peças arqueológicas: uma revisão de escopo
Bento MIC, Maciel DR, Tinoco RLR, Braga MM, Biazevic MGH, Michel-Crosato E
Odontologia Social - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esta revisão de escopo buscou investigar quais os tipos de métodos de estimativa de idade para dentes permanentes (destrutivos ou não destrutivos) são aplicados em vestígios arqueológicos. Foram realizadas buscas bibliográficas nas bases de dados MEDLINE/PubMed, Scopus e Web of Science, em abril de 2020. Foram incluídos estudos transversais que estimaram a idade à morte de indivíduos arqueológicos a partir da análise de dentes permanentes. Foram excluídos os estudos que estimaram a idade em dentes decíduos, populações contemporâneas ou fauna. A busca eletrônica resultou em 573 estudos, e após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 55 artigos foram incluídos para análise. Foram relatadas 12 técnicas destrutivas nos referidos estudos, sendo a cementocronologia a mais utilizada (8) e 66 não destrutivas foram utilizadas nos 43 estudos que utilizaram dessas técnicas, sendo o desenvolvimento dental o mais abordado (23). Dessa forma, foi possível observar uma predileção pelos métodos não destrutivos para estimativa da idade dental nessas populações, ainda, percebeu-se uma tendência em transformar técnicas destrutivas em conservadoras, de forma a preservar as estruturas analisadas. É sabido que, na Arqueologia, o que direciona o pesquisador em sua tomada de decisão de qual método utilizar para a estimativa e se este será destrutivo ou não destrutivo, é a qualidade e a disponibilidade da amostra e o valor da estrutura que será analisada.PN0938 - Painel Aspirante
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9 - Odontogeriatria
Idosos com neoplasia maligna de cabeça e pescoço submetidos à radioterapia: impactos na qualidade de vida relacionados à saúde geral
Silva ELC, Brandão RBA, Miranda RR, Fontes JGS, Ferreira MC, Novais VR
Doutorado Em Odontologia - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo avaliou os impactos da radioterapia na qualidade de vida de idosos com neoplasia de cabeça e pescoço. Realizado estudo longitudinal com 14 idosos em tratamento no Hospital Aldenora Bello, São Luís, MA. Foram coletados dados sócio demográficos, hábitos de vida e relacionados à neoplasia. Um instrumento de qualidade de vida foi aplicado antes e após a radioterapia, no intervalo de 30 dias após o tratamento inicial. Utilizou-se o Questionário de Qualidade de Vida da Universidade de Washington (UW-QOL) avaliando 12 itens: Dor, Aparência, Atividade, Recreação, Deglutição, Mastigação, Fala, Ombro, Paladar, Saliva, Humor e Ansiedade. Realizou-se estatística descritiva e teste de Wilcoxon (α = 5%). A média de idade foi de 62,9 anos, 57,1% (homens) e 42,9% (mulheres). A maioria do interior do Estado (78,6%). Houve aumento significativo dos efeitos negativos na qualidade de vida após serem submetidos à radioterapia, considerando os itens e escore total (média): Dor (36,54±16,51), Aparência (34,62±12,66), Atividade (34,62±12,66), Recreação (28,85±13,87), Deglutição (28,08±23,00), Mastigação (17,31±12,01), Fala (30,46±9,15), Ombro (66,77±23,69), Paladar (33,08±13,68), Saliva (33,15 ±19,34), Humor (33,08±13,68), Ansiedade (30,62±21,42), e para o escore total (613,14±140,87) (p<0,05). A radioterapia interferiu de maneira negativa na qualidade de vida, em especial no item ombro representado por endurecimento, dor ou fraqueza; comprometendo a saúde de uma forma global, refletindo na autonomia e independência nas Atividades de Vida Diária dos idosos.