Análise da Qualidade de Vida, Condição Bucal e Composição Salivar de um Paciente Odontológico com Síndrome de Prader-Willi
Michels B, Bruzamolin CD, Torres MF, Gabardo MCL, Carneiro E, Fregoneze AP, Brancher JA
Odontologia - UNIVERSIDADE POSITIVO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A Síndrome de Prader-Willi (SPW) é uma desordem genética rara, neurocomportamental e que altera o desenvolvimento físico e cognitivo do indivíduo. Presume-se que a síndrome provoque uma desordem importante no hipotálamo que induz à hiperfagia e obesidade comprometendo a qualidade de vida. As alterações bucais desta síndrome são pouco estudadas. Este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade de vida, condição bucal e salivar de um paciente diagnosticado com SPW. O paciente é um homem com 19 anos com nível cognitivo suficiente para responder ao Mini Exame de Estado Mental (MEEM), World Health Organization's Quality of Life (WHOQOL-bref), Sleep Assessment Questionnaire (SAQ), State-Trait Anxiety Inventory (STAI-T) e Oral Health Impact Profile (OHIP-14). O exame clínico foi realizado por um pesquisador treinado e a saliva foi coletada para análise sialométrica e sialoquímica. Os resultados mostram que o paciente percebe ter uma boa qualidade de vida, não apresenta distúrbios do sono, porém pode ser considerado um individuo com ansiedade moderada. Em relação a condição bucal, constatou-se baixo índice de placa visível, inflamação gengival e sangramento a sondagem. Índice de dentes cariados, perdidos e restaurados igual a 5,0, sendo 3 perdidos e 2 cariados. Apinhamento dentário anterior e maloclusão presentes. A análise salivar revelou pH, capacidade tampão e velocidade de fluxo sem alteração Ansiedade, associada ao hábito de consumo de carboidratos e ao posicionamento dentário alterado, aumentam significativamente o risco de carie dentaria neste paciente.PN1155 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Impacto da pandemia de Covid-19 na qualidade do sono e no bruxismo do sono em crianças de 8 a 10 anos
Leal TR, Lima LCM, Silva SE, Araújo LJS, Sousa MLC, Ferreira FM, Serra-Negra JMC, Granville-Garcia AF
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Verificar o impacto da pandemia de COVID-19 na qualidade do sono e no possível bruxismo do sono (BS) em crianças de 8 a 10 anos. Foi um estudo longitudinal prospectivo realizado em dois momentos antes da pandemia por COVID-19, de forma presencial (T1), e durante este evento, de forma online (T2). A amostra foi composta por 105 crianças selecionadas por conveniência. Os pais/cuidadores responderam um questionário sociodemográfico, sobre uso de dispositivos eletrônicos e relato do bruxismo do sono pelas crianças, além do instrumento Sleep Disturbance Scale for Children, tanto no T1 quanto no T2. Realizou-se o Teste de Wilcoxon para comparar o BS e os distúrbios do sono nos dois tempos, além da regressão de Poisson para verificar o Risco Relativo(RR) e o Intervalo de Confiança (IC) entre as variáveis (α≤0,05). Observou-se um aumento significativo do BS (p<0,01) e distúrbios do sono (p<0,01) quando comparados os dois momentos (T1 e T2). A incidência do BS foi de 29,5%. Crianças cujos pais tinham menor nível de escolaridade (RR: 8,61;IC:3,14-23,95, p<0,01), com acesso a dispositivos eletrônicos próprios (RR: 1,69; IC:1,04-3,05,p=0,04) e com distúrbios do sono (RR: 2,14; IC:1,96-4,60, p<0,01) demonstraram maior risco de ter BS durante a pandemia. Conclui-se que houve uma maior incidência de bruxismo e distúrbios do sono durante a pandemia. Os fatores que influenciaram a incidência do BS durante o período pandêmico foram a menor escolaridade, o maior acesso a dispositivos eletrônicos próprios e sofrer distúrbio do sono.PN1156 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Embriotoxicidade e teratogênese da resina acrílica ortodôntica: estudo em zebrafish (Danio rerio)
Schacher HRS, Ohashi ASC, Pizzato CS, Vianna MRMR, Menezes LM
Ortodontia - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A resina acrílica é amplamente utilizada nas diversas especialidades odontológicas. Os pacientes permanecem longos tempos expostos ao material, assim como os dentistas e equipes de laboratório que manipulam resinas acrílicas. O objetivo deste estudo foi verificar in vivo a embriotoxicidade, poder teratogênico e outros efeitos da resina acrílica em zebrafish. Estágios de embrião e larvas foram divididos em 5 grupos experimentais e subdivididos em 5 subgrupos: 3 doses específicas de cada substância foi testada, 1 em controle com 0,1% de DMSO em água e uma em controle absoluto em água. No 5º dia pós fertilização, os animais foram submetidos a avaliações morfológicas, cardíacas, cognitivas e de comportamento. 10 animais foram avaliados em triplicata para todos os experimentos. A sobrevivência e eclosão foram analisados pelo teste de Kaplan Meier e as outras medidas foram analisadas por one-way ANOVA e teste post hoc de Tukey. Para todas as substâncias, diferenças estatisticamente significativas foram encontradas entre o grupo controle e grupos experimentais para frequência cardíaca, capacidade de resposta cognitiva e apoptose celular, enquanto a sobrevivência, taxa de eclosão e outros parâmetros não apresentaram diferenças significativas. Apenas a maior dose de Dibutilftalato apresentou diferenças significativas para taxa de sobrevivência. A exposição crônica à resina acrílica e a seus componentes parece estar associada à diminuição da capacidade cognitiva e do ritmo cardíaco e a um aumento no nível de apoptose celular em zebrafish. (Apoio: CAPES N° 001)PN1157 - Painel Aspirante
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4 - Ortopedia
Avaliação do estágio de maturação da sutura palatina mediana em comparação com a zigomaticomaxilar por meio de tomografia
Didier VF, Ladewig VM, Capelozza-Filho L, Melo RA, Fernandes TMF, Oltramari PVP, Almeida MR, Conti ACCF
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo avaliou e correlacionou o grau de maturação da sutura palatina mediana (SPM) e da sutura zigomaticomaxilar (SZM), no intuito de otimizar as chances de se estabelecer um prognóstico adequado para a expansão rápida da maxila (ERM) convencional. A amostra foi composta por 160 pacientes, com idades entre 11 e 20 anos. Através de imagens de TCFC foi realizada avaliação morfológica do estágio maturacional da SPM e da SZM. Para a correlação entre as classificações morfológicas das suturas foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman, o teste de simetria de McNemar-Bowker e o kappa ponderado (quadrático). Para verificar o efeito da idade e do gênero na classificação de maturação sutural foi utilizado análise de regressão logística ordinal. Em todos os testes estatísticos foi adotado nível de significância de 5%. A correlação entre os dois métodos de avaliação foi estatisticamente significante (p<0,001*). Para a SPM, o estágio mais prevalente foi o C (61,25%). A SZM apresentou maior prevalência do estágio D (58,75%). Considerando-se apenas os indivíduos do estágio C para SPM, em relação a amostra total, apenas 4,38% apresentavam a SZM em um estágio mais precoce enquanto 24,37% estavam em um estágio mais avançado. Entre os indivíduos mais velhos, essa prevalência foi de 36,36%, de modo que 69,69% apresentam prognóstico ruim para a ERM, seguindo o método proposto. Existe correlação entre os estágios maturacionais da SPM e da SZM, podendo esse ser um fator para aumentar a confiabilidade do método de prognóstico de avaliação individual da sutura.PN1158 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Avaliação comparativa de instalação de MARPE entre protocolos convencional e guiado em pacientes com estágios finais de sutura
Reis FS, Franzini CM, Aneris FF, Furtado A, Furtado GC, Custodio W
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo neste estudo foi comparar a técnica de instalação de MARPE convencional, com uma técnica guiada modificada, que consiste na utilização do aparelho como guia. Foi realizado ensaio clínico randomizado cego com pacientes (N=26) com estágios de fusão sutural "D" e "E", de ambos os sexos. Os indivíduos foram randomizados em dois grupos: grupo controle (G1) que recebeu o protocolo convencional e o grupo experimental (G2) que foi submetido ao protocolo guiado. Foram avaliadas a obtenção de travamento bicortical, torque de inserção, e dor e desconforto por meio de auto questionário adaptado. As comparações entre os grupos quanto ao torque, dor e desconforto foram realizadas pelo teste não paramétrico de Mann Whitney. As associações entre a bicorticalização e o grupo foram analisadas pelo teste Exato de Fisher. Foi considerado o nível de significância de 5%. Houve maior porcentagem de bicorticalização para G2 em relação a G1. Não houve diferença significativa entre os dois tipos de protocolos quanto ao torque e os escores de dor e desconforto (p>0,05). Indivíduos submetidos ao protocolo de MARPE guiado demonstram maiores níveis de bicorticalização. O protocolo guiado determina níveis semelhantes de torque de mini-implantes e não se associa com maior percepção de dor e desconforto comparado à técnica convencional.PN1160 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Avaliação de sinais e sintomas de Disfunção Temporomandibular (DTM) e limiar de dor em crianças com e sem bruxismo: um estudo transversal
Conte AL, Silva CAL, Costa ICO, Braga MM, Lira AO
Curso de Odontologia - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi comparar sinais e sintomas de DTM e limiar de dor orofacial entre crianças e adolescentes com e sem bruxismo do sono. A amostra foi composta por 42 indivíduos de ambos os sexos, de 8 a 15 anos, divididos em: grupo estudo (GE), de 21 indivíduos com diagnóstico de bruxismo de sono e grupo controle (GC), de 21 sujeitos sem bruxismo do sono, pareados por sexo e idade. Os grupos foram submetidos às avaliações de sinais e sintomas de DTM pelo Diagnostic Criteria of Temporomandibular Disorders (DC/TMD) e de limiar de dor com algômetro de pressão. Posteriormente, responderam mediante Escala Visual Analógica (EVA) o nível da dor que sentiram nas avaliações. Para análise dos desfechos foram utilizados os testes T de Student, Mann-Whitney e Qui-quadrado (p<0,05 - 95%). Não houve diferença entre GE e GC em relação aos parâmetros avaliados. Apenas 6 (14%) participantes apresentaram ruído articular (p=0,378), enquanto 23 (53,5%) referiram cefaleia (p=0,352). Não houve associação entre os desfechos com idade, gênero e lado avaliado (p>0,05). O escore médio de dor em crianças do GE foi 2,14 ± 1,96, do GC foi de 2,52 ± 1,50 e não foi encontrada diferença entre os grupos (p=0,483). Também não houve diferença em relação aos limiares de dor à taxa média de pressão (p<0,05). Porém, houve diferença entre as áreas avaliadas, onde os valores de Kpa foram maiores para o músculo temporal quando comparado ao masseter (IRR=1,08; IC=1,00-1,16). Não houve diferença na frequência de sinais e sintomas de DTM, nem no limiar de dor orofacial, entre as crianças com e sem bruxismo do sono. (Apoio: CAPES N° 177056)PN1161 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Efeito de verniz fluoretado suplementado com nanopartículas de trimetafosfato de sódio sobre a erosão dentinária in vitro
Martins TP, Delbem ACB, Silva IF, Capalbo LC, Paiva MF, Cunha RF, Pessan JP
Odontologia Preventiva e Restauradora - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou o efeito de vernizes fluoretados suplementados com nanopartículas de Trimetafosfato de Sódio (TMP) sobre o desgaste erosivo em dentina in vitro. Blocos de dentina radicular bovina (n=50) foram selecionados por microdureza de superfície e divididos aleatoriamente em 5 grupos (n=10/grupo), de acordo com os vernizes a serem testados: Placebo (sem flúor ou TMP - controle negativo), 5% NaF (controle positivo), 5%NaF + 5% TMP micropartículado (5%micro), 5% NaF + 2,5% TMP nanopartículado (2,5%nano) e 5% NaF + 5% TMP nanopartículado (5%nano). Os vernizes foram aplicados uma única vez sobre os blocos, os quais foram imersos em saliva artificial por 6 h. Em seguida, os vernizes foram removidos e os blocos, submetidos a desafios erosivos diários (imersão em ácido cítrico 0,05 M, pH 3,2, 90 s, 4x/dia), durante 5 dias. Posteriormente, o desgaste erosivo da dentina foi determinado por perfilometria. Os dados foram submetidos à análise de variância a um critério, seguida pelo teste de Fisher LSD (p<0,05). Diferenças significativas foram observadas entre todos os vernizes testados, com exceção dos grupos 5%micro e 2,5%nano. O verniz 5%nano promoveu o mais alto efeito protetor sobre o desgaste erosivo, seguido pelos grupos 5%micro, 2,5%nano, 5% NaF e Placebo. Conclui-se que a adição de TMP a vernizes fluoretados melhorou significativamente a proteção contra o processo de erosão dentinária in vitro. O uso de TMP 5% em escala nanométrica aumentou ainda mais este efeito. (Apoio: FAPs - Fapesp N° 2019/02354-0 | CNPq N° 120124/2020-3)PN1162 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Resistência adesiva de acessórios ortodônticos após desproteinização do esmalte dental: ensaio clínico randomizado split-mouth
Borba DBM, Peloso RM, Cotrin P, Gobbi RC, Oliveira RCG, Valarelli FP, Freitas KMS
Mestrado - ASSOCIAÇÃO MARINGÁ DE ENSINO SUPERIOR
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esse ensaio clínico teve como objetivo avaliar a influência da desproteinização do esmalte dental com hipoclorito de sódio nas descolagens de acessórios ortodônticos usando dois tipos de adesivos ortodônticos. A amostra foi composta por 39 pacientes, divididos de maneira randomizada em dois grupos de acordo com o adesivo utilizado. Grupo Transbond XT: 20 indivíduos, 9 homens e 11 mulheres, idade média 20,77 anos (d.p.=6,44). Grupo Orthocem: 19 indivíduos, 9 homens e 10 mulheres, idade média: 23,14 anos (d.p.=7,98). O estudo foi do tipo Split-mouth, em uma hemi-arcada usou-se o hipoclorito de sódio a 5% e a outra serviu como controle, sem aplicação do hipoclorito. A colagem dos acessórios ortodônticos foi realizada de acordo com o preconizado por cada fabricante. A descolagem dos acessórios foi acompanhada por 6 meses. A comparação intergrupos foi realizada pelo teste t independente e ANOVA a um e dois critérios de seleção. Observou-se que a aplicação do hipoclorito de sódio previamente à colagem não influenciou significantemente as descolagens dos acessórios ortodônticos (p=0,867). O sistema adesivo, associado ou não ao hipoclorito de sódio, não influenciou as descolagens dos acessórios (p=0,929). Ao final da pesquisa, concluiu-se que a desproteinização do esmalte com hipoclorito de sódio a 5% não diminuiu significantemente o número de descolagens de acessórios ortodônticos. Os dois adesivos utilizados apresentaram resultados clínicos semelhantes entre si, com ou sem a aplicação de hipoclorito de sódio durante os 6 primeiros meses de tratamento.PN1163 - Painel Aspirante
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4 - Ortodontia
Influência dos aspectos dentários e faciais da má oclusão na autoestima de adolescentes
Andrade SLG, Dallé H, Vedovello SAS, Meneghim MC, Menezes CC, Degan VV
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou avaliar a influência dos aspectos dentários e faciais da má oclusão na autoestima de adolescentes. Estudo transversal com 332 adolescentes (média de idade de 12,4 ± 1,2 anos) foi realizado e os aspectos dentários da má oclusão foram aferidos pelo Componente de saúde dental do Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN-DHC) e o perfil facial dos voluntários foi analisado através de fotografias. Os dados referentes às variáveis psicossociais foram obtidos pelo Componente estético do IOTN e autopercepção OASIS; a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVSB) através do índice Oral Health Impact Profile - OHIP -14 e a autoestima pelo questionário GSE - Global Negative Self-Evaluation. As associações foram analisadas por modelo de regressão múltipla e estimados os odds ratios, assim como por meio de modelos de regressão de Poisson (p<0,05) com os respectivos intervalos de confiança de 95%. Adolescentes com alta preocupação estética apresentaram 2,94 vezes mais chance de ter baixa autoestima. Aqueles com maior impacto nos domínios incapacidade e deficiência social do OHIP-14 apresentaram 2,42 (IC95%: 1,41-4,15) e 1,98 (IC95%: 1,15-3,39) vezes mais chance, respectivamente, de ter baixa autoestima (p<0,05). A má oclusão e o perfil facial não apresentaram impacto negativo na autoestima, contudo, a preocupação estética desta condição e alguns aspectos de baixa QVSB influenciam negativamente a autoestima.PN1164 - Painel Aspirante
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4 - Odontopediatria
Época ideal de tratamento da maloclusão de Classe II esquelética e sua importância no Sistema Único de Saúde
Araújo KC, Arcas MF, Costa MC, Cruz CV
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O Odontopediatra acompanha o desenvolvimento da oclusão dentária no período de maior ocorrência de oclusopatias. A maloclusão ocupa a terceira posição em uma escala de prioridades entre os problemas Odontológicos de saúde pública no Brasil e no mundo, devido a sua alta prevalência. Apesar disso, sua abordagem precoce ainda não é definida nas políticas públicas de saúde. Desta forma, este trabalho tem por objetivo realizar uma revisão narrativa da literatura sobre a época ideal de tratamento da maloclusão de Classe II esquelética e a sua importância no Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil. Para tanto, foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science, Bireme, Periódicos Capes, Google scholar e também foi realizada uma busca manual nas referências dos artigos selecionados. A estratégia de busca foi adequada de acordo com os critérios de cada base de dados, associada aos caracteres boleanos "AND" ou "OR". Foram avaliados 91 registros para leitura de título e resumo e selecionadas 79 referências para leitura na íntegra. Conclui-se que a dentição mista precoce foi indicada como período ideal para iniciar a abordagem ortopédica no protocolo precoce de avanço mandibular na maloclusão de Casse II esquelética. O período da dentição mista tardia ou da dentição permanente também são opções a serem consideradas, no protocolo de tratamento tardio. O SUS não abrange o tratamento de maloclusões esqueléticas e há insuficiente capacidade de cobertura, além de uma necessidade de maior captação dos cirurgiões-dentistas no serviço-público.